Ao lado de Macron, Lula diz que países precisam contribuir para Brasil manter ‘florestas em pé’

Lula com o presidente da França, Emmanuel Macron, em Nova Delhi
Lula com o presidente da França, Emmanuel Macron, em Nova Delhi — Foto: Ricardo Stuckert

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, em discurso ao lado do presidente francês Emmanuel Macron, que os países desenvolvidos precisam “contribuir de forma muito importante” para a preservação de florestas de países mais pobres.

Lula disse que o Brasil está “em construção”, diferente de nações da Europa, “um continente construído com vários dos seus problemas resolvidos”.

— Aqui na América Latina, na América do Sul e sobretudo Brasil, somos um país em construção (…) Queremos convencer o mundo de que o mundo que já desmatou tem que contribuir de forma muito importante para que os países que ainda têm florestas mantenham suas florestas em pé — declarou.

O presidente ainda reafirmou o compromisso com a demarcação de terras indígenas. Oito territórios foram homologados em 2023. Para este ano, a meta do governo é demarcar outras seis.

— Os conservadores, os latifundiários brasileiros costumam dizer que o povo indígena já tem muita terra no Brasil, já tem 14% do território demarcado (…)14% é pouco diante do que eles precisam ter para manter seu jeito de viver.

Macron chegou nesta terça-feira ao Brasil para uma visita de três dias em quatro cidades, começando por Belém (PA), onde se encontrou com Lula e lideranças indígenas em uma homenagem ao Cacique Raoni.

Ainda hoje, os presidentes brasileiro e francês lançaram um plano de arrecadação de mais de R$ 5 bilhões (€ 1 bilhão) em investimentos públicos e privados em projetos de economia sustentável na Amazônia brasileira e na Guiana Francesa.

Durante seu discurso, Macron reforçou a parceria para a bioeconomia brasileira e compromisso com a preservação da Amazônia.

— Me felicita hoje ver que o presidente Lula protege a Amazônia e que o desenvolvimento do futuro dos povos indígenas e da biodiversidade não é uma causa apenas de resistência, mas defendida pelo próprio governo federal — disse o presidente.

Fonte: O Globo

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