Antes de Kate Middleton, Meghan e Harry foram acusados de manipular foto, mas reação foi diferente; entenda

Meghan Markle e príncipe Harry foram acusados de manipular foto, assim como a cunhada Kate Middleton
Meghan Markle e príncipe Harry foram acusados de manipular foto, assim como a cunhada Kate Middleton — Foto: Reprodução

Anos anos de Kate Middleton vir a público reconhecer que havia editado uma foto com os filhos retirada de circulação pelas principais agências de notícias do mundo, seus cunhados, o príncipe Harry e Meghan Markle, viveram um escândalo semelhante. Em 2019, Harry e Meghan compartilharam com os seguidores um cartão de Natal em que apareciam ao fundo, fora de foco, atrás do primogênito, Archie, então com 7 meses de idade.

Logo depois da publicação do clique, internautas foram às redes sociais apontar supostas evidências de manipulação digital. Parte dos usuários citou, por exemplo, que o rosto de Meghan estava mais nítido que o de Harry.

“Dê uma olhada no rosto de Meghan, é feito no Photoshop. O rosto dela está claro, e todo o resto está desfocado. O de Archie também foi Photoshopado”, alegou um internauta. “Esta é possivelmente a pior imagem em Photoshop que já vi. E novamente em preto e branco”, afirmou outro usuário, em reações reproduzidas pelo The Mirror.

No entanto, daquela vez, o escândalo foi debelado com uma reação oposta à do Palácio de Kensington, que se recusou a divulgar a imagem original de Kate com os filhos após a própria princesa de Gales reconhecer que havia editado a versão publicada nas redes. Em 2019, a fotógrafa por trás do clique do cartão de Natal, Janina Gavankar, negou qualquer edição na foto, compartilhou a obra bruta e defendeu Harry e Meghan.

“Orgulho de ter tirado a foto de Natal para uma de minhas melhores amigas e sua família. Aqui está o original que foi enviado (cortado para caber no Instagram)… para o The Mail, vejo que sua campanha contra minha amiga continua. Belo photoshop da minha imagem não photoshopada. Agora podemos todos voltar ao espírito do Natal e não ao espírito de maldade”, escreveu ela, com críticas a um tabloide britânico.

Nesta segunda-feira, Kate Middleton pediu desculpas nesta segunda-feira pela divulgação de uma foto suspeita de passar por “manipulação digital”. No domingo, o Palácio de Kensington publicou o primeiro registro oficial da princesa desde sua cirurgia abdominal, realizada em janeiro. Horas depois, porém, a imagem foi retirada de vários veículos de imprensa, incluindo quatro grandes agências de notícias, que apontaram evidências de adulteração.

A foto, que marcou o Dia das Mães no Reino Unido, mostrava a princesa sorridente e cercada por seus filhos: George, Charlotte e Louis. A decisão de retirar a imagem de circulação reacendeu uma série de especulações sobre a saúde de Kate, que não é vista em público desde o dia de Natal. Em seu comunicado, a princesa de 42 anos atribuiu a edição ao desejo “inocente” de um fotógrafo de “retocar a imagem”.

“Como muitos fotógrafos amadores, ocasionalmente faço experiências com edição. Gostaria de expressar minhas desculpas por qualquer confusão que a fotografia de família que compartilhamos ontem tenha causado. Espero que todos que estavam celebrando tenham tido um feliz Dia das Mães”, publicou a princesa no X (antigo Twitter).

Conforme publicado pelo jornal britânico Guardian, o príncipe e a princesa de Gales há muito evitam os serviços de fotógrafos profissionais quando se trata de retratos familiares íntimos e informais. Cartões de Natal e os registros dos aniversários dos filhos do casal, por exemplo, são marcados por fotografias tiradas por Kate. As fotografias amadoras oferecem à família o controle total sobre os registros e seus direitos autorais, contornando a mídia convencional.

O Palácio de Kensington afirmou que o príncipe William, herdeiro do trono, tirou a foto na semana passada nos terrenos do Castelo de Windsor, onde a família mora. Após os rumores envolvendo a saúde da princesa, o palácio aparentemente esperava mostrar tranquilidade e pôr fim às dúvidas sobre o estado de Kate. No entanto, com a decisão de agências como Associated Press, Reuters e France-Presse, que retiraram a imagem dos seus sistemas, os rumores voltaram a circular.

As agências decidiram tomar a rara medida de cancelar a distribuição da foto após perceberem que ela tinha sido adulterada. A AP foi a primeira a emitir um “kill notice” – termo da indústria usado para fazer uma retratação. A notificação é considerada um “pesadelo” para profissionais de relações públicas e um golpe na credibilidade de qualquer fonte.

Embora a imagem fosse considerada genuína, os editores citaram a possível manipulação digital em torno da manga de Charlotte como um dos indícios de edição. “Observando mais de perto, parece que a fonte manipulou a imagem. Nenhuma foto substituta será enviada” destacou a AP, que foi seguida pela Reuters. Esta última afirmou que, “após uma revisão pós-publicação”, decidiu retirar a fotografia do ar. A AFP divulgou um “kill notice” mandatório, e a Getty Images também se retratou pela publicação do registro.

Ainda segundo publicado pelo Guardian, a falecida Rainha Elizabeth II (1926-2022) costumava dizer que as pessoas precisavam vê-la para acreditar que ela existia. Agora, porém, o público passou a questionar se poderia acreditar no que estava vendo. Uma fonte do palácio procurou acalmar a polêmica e chegou a enfatizar que a princesa havia feito apenas “ajustes mínimos” na foto. Para Mark Borkowski, consultor de relações públicas e crises, porém, a situação foi “um enorme gol contra”.

— É plausível que ela esteja em casa brincando com o computador e usando uma ferramenta de inteligência artificial, mas se [a família real] quer reconquistar algum tipo de confiança, deveriam divulgar a foto não editada. Não pode ser tão ruim se eles apenas fizeram alguns ajustes. Acho que eles se esforçaram para enfrentar o desafio, forneceram a declaração como explicação. Agora a questão é, com todas as teorias da conspiração por aí, se as pessoas vão acreditar. Não tenho certeza se vão.

O Palácio de Kensington disse que não emitiria a fotografia original. O casal espera que a declaração de Kate seja suficiente.

O estado de saúde da princesa de Gales voltou a ser assunto na última quinta-feira. Isso porque Gary Goldsmith, tio de Kate que está confinado no programa Celebrity Big Brother britânico, comentou que a princesa estava recebendo “o melhor cuidado do mundo”. Ele, no entanto, não quis dar mais detalhes sobre o assunto, mencionando que havia um “código de etiqueta”.

— Ela não quer falar sobre. A última coisa que eu vou fazer é… Há uma espécie de código de etiqueta. Se for anunciado, darei minha opinião — disse Goldsmith, em resposta à atriz Ekin-Su Culculoglu. — Falei com a mãe dela, minha irmã, e ela está recebendo o melhor cuidado do mundo. A família vem em primeiro lugar, antes de qualquer coisa. Ela é incrível e vai voltar, claro que vai — garantiu.

A especulação sobre a saúde de Kate foi inflamada no final de fevereiro, quando o príncipe William cancelou um compromisso de última hora. Ele deveria prestigiar o memorial para seu falecido padrinho, o ex-rei Constantino II da Grécia, mas desmarcou devido a um “assunto pessoal”. William afirmou, à época, que a decisão não tinha ligação com a princesa, e o Palácio de Kensington quebrou o silêncio sobre o assunto.

Em nota, um porta-voz disse à rede americana ABC News que “o Palácio de Kensington deixou claro em janeiro os prazos de recuperação da princesa”, e que só seriam fornecidas “atualizações significativas”. A mesma fonte reiterou que a princesa estava “indo bem”.

A falta de informações sobre o estado de saúde de Kate deu origem a especulações sobre o que pode ter acontecido com ela. A jornalista espanhola Concha Calleja — que já escreveu vários livros sobre a realeza, in clusive um sobre a falecida princesa Diana, sogra de Kate — afirmou ter conversado com uma fonte dentro da Família Real. A pessoa teria dito que Kate enfrentou complicações após a cirurgia, e que precisou ser colocada em coma induzido. O palácio, no entanto, afirmou que as alegações eram “absurdas e ridículas”.

Fonte: O Globo

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