Alunos da UFRN falam sobre bullying em São Fernando

Conduzida pelas trilheiras Bianca Barbosa e Ana Beatriz Cabral, estudantes de Psicologia, elas abordaram sobre as diferenças e a importância de aceitar a diversidade. O momento aconteceu na tarde da terça-feira, 2, na Creche Ana Dantas, no município de São Fernando. O público era formado por crianças com idade entre os seis e sete anos.

Inicialmente, as trilheiras fizeram uma dinâmica com contato corporal. A ideia era que eles reconhecessem as diferenças entre a turma. Após isso, realizaram uma leitura da história O Patinho Feio, e iam refletindo as atitudes dos personagens. Em seguida, os alunos fizeram desenhos que retratavam suas diferenças. Uma das crianças desenhou a trilheira Gaby, “porque ela é muito diferente de mim”, justificou. Ao final, revisaram os pontos discutidos na conversa.

Bianca explicou o quão positiva foi a ação: “As crianças amaram, prestaram muita atenção e participaram muito. Eles davam exemplos como ‘você mora em Natal, na praia, e eu moro aqui, nós somos diferentes por isso’”. Ela relatou que uma menina falou da história do Patinho Feio e de como os personagens fizeram o patinho chorar, afirmando que as pessoas não podem fazer outras chorarem. Já um outro participante disse, convicto: “Eu sou preto e as pessoas não podem me excluir por causa da minha cor”.

A turma foi especialmente escolhida para o momento porque um dos estudantes não está frequentando as aulas. O motivo é o bullying que sofre dos colegas pelo modo como fala. Para quem sofre, não falar sobre o que o afeta pode ser muito prejudicial à saúde. “Hoje, cada vez mais, as crianças e adolescentes têm questões de sofrimento, depressão, ansiedade, transtornos que interferem na vida como um todo.

O bullying pode ser um causador disso, principalmente quando o sentimento não é externado”, explica Ana Beatriz. Durante a semana, as estudantes também estão promovendo outros momentos. Saúde mental para os professores, depressão e ansiedade com estudantes, sexualidade da mulher e a construção da subjetividade da pessoa do campo são alguns deles. Tudo isso transmitido a partir de uma linguagem simples. “Queremos tirar o elitismo da psicologia e deixá-la mais acessível”, finaliza Bianca.

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