Um aluno judeu, de 15 anos, foi vítima de atos antissemitas realizados por três colegas, em uma escola em São Paulo (SP). A Beacon School, colégio de elite com unidades nos bairros Alto de Pinheiros e Vila Leopoldina, suspendeu os autores, que desenharam símbolos e escreveram cânticos nazistas e antissemitas em seus cadernos.
De acordo com a instituição, o trio foi suspenso por tempo indeterminado. Uma investigação interna também foi instaurada e os pais dos alunos serão chamados na escola para uma reunião com a direção.
Em nota enviada ao GLOBO, a escola afirma que está “investigando cuidadosamente os fatos” e “adotou, imediatamente, uma série de medidas”, incluindo a palestra de um cientista político, com a reprodução de um material feito por um rabino.
Tão logo tomou conhecimento sobre o episódio de antissemitismo na escola, a Beacon School adotou, imediatamente, uma série de medidas, incluindo o afastamento dos alunos agressores e acolhimento à família afetada.
A Beacon School reitera que repudia veemente toda e qualquer manifestação de ódio e destaca a sua firme posição contra qualquer forma de discriminação, tanto dentro, quanto fora do ambiente escolar, seja ela relacionada à nacionalidade, etnia, religião, raça, gênero ou quaisquer outros aspectos.
A Beacon está investigando cuidadosamente os fatos, para que as sanções sejam aplicadas de forma responsável. Além disso, a escola ampliará o foco, já presente em seu projeto pedagógico, de formação contra qualquer ação discriminatória, envolvendo também as famílias da comunidade escolar e convidando-as a compor um Grupo de Trabalho (GT) com foco em formação de combate ao antissemitismo, a exemplo do que já realiza com o GT antirracista.
A Beacon reitera o compromisso de atuar com celeridade diante de qualquer situação discriminatória, apurando os fatos em detalhe e com firmeza, aplicando as sanções cabíveis, incentivando sempre a reflexão para estimular a aprendizagem com o objetivo de formar cidadãos éticos, conscientes e comprometidos com a construção de uma sociedade mais pacífica e igualitária.
Fonte: O Globo