‘Acho que matei minha mulher’, disse brasileiro à polícia após degolar companheira na Irlanda

Brasileiro acusado de matar a própria mulher na Irlanda é julgado em tribunal de Dublin
Brasileiro acusado de matar a própria mulher na Irlanda é julgado em tribunal de Dublin — Foto: Reprodução/Facebook

Detalhes divulgados por testemunhas no julgamento do brasileiro Diego Costa Silva, de 35 anos, acusado de matar a própria mulher em Dublin, na Irlanda, apontam que foi o próprio marido quem acionou a emergência, após o crime, em novembro de 2021. Segundo o policial que atendeu à ocorrência, Diego usava bermuda e chinelos quando foi encontrado com o corpo sujo de sangue, no apartamento onde vivia com a vítima, Fabíole Câmara, desde 2016.

“Eu acho que matei minha mulher”, teria dito ele ao agente, que prestou depoimento nesta terça-feira.

O julgamento de Diego começou na segunda-feira e pode durar mais quatro dias. A também brasileira Fabíole Câmara de Campos era casada com Diego desde 2016, ano em que também decidiram viver no país europeu. Segundo o jornal The Irish Times, o júri será “convidado a considerar” um atestado de insanidade no julgamento.

O corpo de Fabíole foi encontrado caído entre a porta de um quarto e o corredor. Além de ter sido degolada, de acordo com a polícia, havia ferimentos de faca em um dos punhos e no seio esquerdo. Diego teria alegado que a mulher “tentou matá-lo”. Depois, disse que ela tirou “seu coração e sua cabeça”. O homem também afirmou ao policial que teria “feito aquilo” por desconfiar que a mulher o traía.

Na última segunda-feira, Diego se declarou inocente na acusação. O crime aconteceu em 4 de novembro de 2021, no apartamento do casal, em Finglas. Fabíole foi encontrada com diversos ferimentos causados por faca. A polícia local foi acionada na manhã daquele dia e encontrou o corpo.

Segundo a imprensa irlandesa, Diego já foi preso com recomendação de tratamento psiquiátrico. Antes, trabalhou no pub Coach House, em Blanchardstown. Segundo o juiz Paul McDermott, o brasileiro é considerado culpado pela morte da mulher, mas o “veredito especial em relação à insanidade” preocupa.

No julgamento, serão ouvidos policiais, um membro dos serviços de emergência e dois psiquiatras forenses. O júri, composto por sete homens e cinco mulheres, é presidido pelo juiz Michael MacGrath, e foi marcado para a tarde desta segunda-feira. A previsão é tenha até cinco dias de duração.

Natural de São Paulo, Fabíole Câmara tinha 33 anos. Após o crime, amigos e familiares chegaram a iniciar uma campanha de arrecadação virtual para custear o translado do corpo ao Brasil. Na época, o assassinato repercutiu em páginas e grupos de brasileiros que vivem na Irlanda.

Fonte: O Globo

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