Abertura trata de diversidade, tolerância, paz e a “gambiarra” como um traço cultural

Maracanã

O Brasil é a base: a diversidade do seu povo e a produção cultural estão nas entranhas do espetáculo. Mas a mensagem principal da Cerimônia de Abertura dos Jogos Olímpicos Rio 2016, marcada para hoje, no Maracanã, às 20h tem apelo mundial. É um clamor pela tolerância, pela celebração das diferenças e pela paz, tanto entre os povos quanto com o planeta. Foi o que explicaram os diretores do show em coletiva de imprensa na quinta (4), no Parque Olímpico da Barra da Tijuca.

“Há uma tensão interna como a gente nunca viu. O mundo está muito tenso. Os Estados Unidos também estão assim, a Inglaterra. A gente aborda esse estado tenso do mundo e uma solução: o apelo à tolerância. O segundo eixo da mensagem é a paz para o planeta. Precisamos parar de agredir a nossa casa. O planeta inteiro está ameaçado, a raça humana está ameaçada. Estamos num momento crucial, não podemos brincar com o meio ambiente”, explicou um dos diretores criativos, o cineasta Fernando Meirelles.

O jeito de ser do brasileiro e, sobretudo, a forma como muitas vezes resolve os problemas diário está no espírito do evento. O orçamento não foi divulgado, mas Meirelles afirmou que o montante é um quarto do que seria inicialmente. As portas com menos de dois metros do estádio Maracanã e a dificuldade em usar um palco, já que há assentos nos níveis inferiores do estádio, também forçaram um caminho alternativo. “O espírito da gambiarra é comum. Não temos com o que fazer, mas vamos fazer, então faremos. Não somos coitadinhos por isso. ‘Gambiarra rocks’, é pura criação. Fomos atrás de tudo o que a gente sabe. É algo como um MacGyverismo”, disse a diretora Daniela Thomas.

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