Casos prováveis de dengue crescem 996% no Estado

Quinta Feira, 09 de Junho de 2022/Natal/
Dengue
Foto.Magnus Nascimento
Repórter Bruno Vital

Na semana 22, que compreende o período entre 28 de maio e 4 de junho, o Rio Grande do Norte registrou 2.094 pessoas com casos prováveis de dengue. Os números representam um aumento de 996% em relação ao mesmo período do ano passado, quando o Governo teve 191 pessoas com prováveis infecções.

Até o dia 4 de junho, o Rio Grande do Norte teve ao todo 23.240 casos prováveis de dengue, 7.609 casos prováveis de chikungunya e 2.129 casos prováveis de infecção pelo zika vírus. Os dados são do Boletim Epidemiológico das Arboviroses, divulgado nesta terça-feira (14) pela Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap).

Entre o penúltimo boletim, divulgado em 21 de maio, e hoje, o Estado registrou um óbito a mais causado por dengue. Agora, são duas mortes registradas pelo vírus do mosquito Aedes aegypti e 10 óbitos em investigação. Já a chikungunya e o zika não possuem nenhuma morte detectada.

Os casos notificados da dengue somam 26.013, com 2.773 descartados e 4.006 confirmados. Em relação à chikungunya, o Rio Grande do Norte possui 8.640 notificados, 1.031 descartados e 1.340 registrados. A situação epidemiológica da zika aponta para 2.524 notificados, 395 descartados e 183 confirmados.

Apesar dos números alarmantes, o Rio Grande do Norte vive uma queda nos casos de dengue há três semanas consecutivas. Após uma explosão de casos vivida principalmente a partir de abril, os casos prováveis por semana estão caindo desde 20 de maio.

A principal faixa etária com dengue é a população entre 20 a 34 anos. São 6119 pessoas neste perfil, contra 434 pessoas nesta faixa no mesmo período do ano passado. Para este público, o aumento percentual é de 1309%.

Com a chikungunya, os principais afetados são do mesmo grupo: a população entre 20 a 34 anos. Em 2022, esta população teve um crescimento de 191% em relação a 2021. Foram 1789 pessoas infectadas neste ano, contra 613 no ano passado.

A faixa etária seguinte, porém, vem muito próxima. Entre os cidadãos de 35-49 anos, 1763 já foram contaminados pela chikungunya.

Na zika, o crescimento na faixa etária de 20-34 anos foi de 1230%. Passou de 40 ano passado para 532 este ano.

Naquele mês, o Rio Grande do Norte decretou situação de emergência em decorrência do aumento de casos de arboviroses no estado. O decreto foi publicado no mesmo dia 20 e tem validade de 90 dias, até agosto.

No decreto, o Estado havia anunciado a criação de um comitê para o acompanhamento em tempo real da situação e a entrada de agentes de endemias em imóveis públicos e particulares abandonados.

Ainda segundo o Boletim Epidemiológico da Sesap, em relação à distribuição dos casos de dengue confirmados considerando a classificação e o município de residência, Natal é um dos municípios potiguares em situação mais grave. Entre quatro faixas de gravidade, a capital potiguar está na última, com situação classificada como “dengue grave”. Outras nove cidades compõem o grupo em momento crítico.

Outra a viver uma queda desde a semana 20 do ano, a chikungunya passou de 939 casos naquela época, para 901 e hoje, 736. Enquanto isso, a queda brusca da zika chama atenção: a doença passou de 197 casos prováveis na semana entre 21 e 28 de maio, para apenas 10 calculados entre 28 de maio e 4 de junho. O número é igual ao da semana 4, ainda no início do ano.

O alerta deve ser constante, de acordo com a coordenadora do Programa Estadual das Arboviroses, Sílvia Dinara: “O combate ao Aedes aegypti é comigo, com você, é com todos. Precisamos colocar na rotina, todos os cuidados para que o mosquito não se prolifere, cada um fazendo sua parte”.

Mortes

O Brasil registrou 504 mortes por dengue, no período de 1º de janeiro a 4 de junho. O número representa praticamente o dobro de mortes notificadas em todo o ano passado, segundo o Boletim Epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde.

O estado de São Paulo lidera a lista, com 180 óbitos. Em seguida aparecem Santa Catarina (60), Rio Grande do Sul (49), Goiás (44) e Paraná (43). Há ainda 364 óbitos em investigação.

O Brasil registrou 504 mortes por dengue, no período de 1º de janeiro a 4 de junho. O número representa praticamente o dobro de mortes notificadas em todo o ano passado, segundo o Boletim Epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde.

O estado de São Paulo lidera a lista, com 180 óbitos. Em seguida aparecem Santa Catarina (60), Rio Grande do Sul (49), Goiás (44) e Paraná (43). Há ainda 364 óbitos em investigação. A Região Centro-Oeste do país lidera a taxa de incidência entre todas as regiões, com a marca de 1.544,2 casos a cada 100 mil habitantes, mais alta que a média brasileira.

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