Projeto do Ceres avança no ensino da Libras

O projeto CoLibras, que procura criar um dicionário colaborativo da Língua Brasileira de Sinais (Libras), teve aprovação no edital da Pró-Reitoria de Extensão (Proex/UFRN) para novos projetos e renovação para 2021. Com essa conquista, os organizadores do projeto pretendem dar continuidade à construção da plataforma. 

O aplicativo é voltado para pessoas surdas e usuários ouvintes da língua, sendo configurado para que essas pessoas possam utilizar e contribuir com novos sinais de Libras. Esses sinais podem ser adicionados ao dicionário por pessoas com deficiência ou não, ou ainda que realizem o cadastro na plataforma, podendo ser acessados e complementados a qualquer momento. Além disso, o app também possui feedback para que os usuários possam avaliar cada sinal incluído no CoLibras.

Um dos objetivos do aplicativo é demonstrar que o aplicativo reflete a constante evolução da Libras. Outra meta é atualizar o aplicativo: os organizadores planejam adicionar a criação de categorias para organizar melhor os sinais, com itens como saúde, educação, engenharia, sendo possível acessar rapidamente os sinais ao clicar nas categorias. 

Segundo Ronny Diogenes, professor de Libras do Centro de Ensino Superior do Seridó (Ceres), “isso pode ajudar profissionais de cursos que têm surdos matriculados a criar um repositório dos sinais de sua área e, assim, surdos de outras localidades do Brasil também poderão conhecer e utilizar o termo”. 

Diogenes informa que a equipe responsável pelo aplicativo trabalha para que o acesso ao CoLibras possa acontecer sem a necessidade de login, de forma a exigi-lo – o login – somente para quem irá cadastrar o sinal. “Também será implantada uma moderação para excluir possíveis equívocos ou pessoas que talvez queira apenas vandalizar o cadastro dos sinais”, antecipa o pesquisador.

Colaboração  

A integração com professores e intérpretes de Libras da UFPE, UFS, IF Sertão de Pernambuco e IFPE e IFPI aconteceu via WhatsApp. Assim, Diógenes contou com a participação de dezenas de professores da região Nordeste através do aplicativo de mensagens. “Eles têm ajudado cadastrando os sinais de sua região, testando o app e propondo melhorias”, afirma. 

A colaboração para construir a plataforma está de “portas abertas” para que qualquer um que esteja disposto a ajudar. Sobre essa questão, Diógenes, que também é chefe do Departamento de Educação do Ceres, alerta que o projeto, por enquanto, utiliza um banco de dados gratuito do Google. “Ele tem uma limitação de espaço e acesso, em breve com o aumento de usuários necessitaremos contratar um plano pago”, acrescenta. A equipe ainda está estudando como resolver este futuro problema.

Por isso, Ronny Diógenes também convida estudantes dos cursos de sistema de informação e que tenham familiaridade com desenvolvimento de aplicativos para dispositivos móveis a contribuir voluntariamente com a plataforma.

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