O Rio Grande do Norte é uma das principais rotas de distribuição de drogas para estados do Nordeste, segundo o delegado geral da Polícia Civil, Clayton Pinho. A constatação, conforme explicou o delegado, é feita com base em investigações e apreensão de “grandes” quantidades de droga. Como uma reação em cadeia, a briga por domínio de território e mercado por facções criminosas acentua o número de homicídios ligados às drogas no estado – este ano já são mais de 400 mortes. De acordo com levantamento do Observatório da Violência Letal Intencional do Rio Grande do Norte (OBVIO), de 2016 para 2017, houve um aumento de 226% na quantidade de mortes relacionadas a ação do tráfico, em levantamento publicado neste domingo pelo jornal Tribuna do Norte.
Segundo o delegado, a briga entre facções criminosas acentuaram no final de 2015 para 2016 no Estado. “Aquelas pessoas, como vimos agora, que estavam se matando no interior do presídio (Alcaçuz), elas também se matam fora. Em algumas investigações, principalmente em locais de duplo ou triplo homicídio, as vítimas estavam ligadas ás drogas. Não temos estatísticas oficiais sobre isso, mas observamos grande percentual nesse tipo de motivação. As vítimas e autores são pessoas jovens, de 14 a 24 anos e que moram na periferia”, apontou Pinho.