Tendência de ocorrer El Niño pode agravar a seca no Nordeste em 2017

Os modelos oceânicos analisados pelos principais centros mundiais de monitoramento indicam possibilidade de El Niño influenciar negativamente o regime de chuvas no Nordeste brasileiro. O monitoramento via satélite do Índice de Vegetação do Semiárido, divulgado pelo Lapis, em parceria com o Insa, destaca que a maior parte da região continua enfrentando secas.

No final de 2016, o curto período em que as águas do oceano Pacífico estiveram mais frias que o normal e houve a formação de um fraco fenômeno La Niña, aumentou as expectativas dos cientistas sobre possível chegada das chuvas no Semiárido brasileiro em 2017. A região já enfrenta seu sexto ano de seca e a tendência de ocorrer El Niño possivelmente venha a agravar a atual situação da seca no Nordeste.

O motivo é que desde janeiro deste ano, as temperaturas das águas do Pacífico Equatorial encontram-se em elevação. Essa característica oceânica indica possibilidade de ocorrência de El Niño, fenômeno diretamente ligado às secas no Nordeste brasileiro. Na região leste, chamada de Niño 1+2, os desvios de temperatura passaram de 2°C na segunda quinzena de fevereiro.

Embora as projeções não sejam consensuais, as tendências indicam que no período de abril a junho, o El Niño possivelmente influenciará no clima do Nordeste brasileiro, ocasionando mais secas.

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