Na entrevista concedida ao Panorama 95 (Rural FM) desta sexta-feira (06), pela primeira vez o ex-deputado Vivaldo Costa, presidente de honra da Fundação Hospitalar Carlindo Dantas falou publicamente da situação em que se encontra o Hospital do Seridó, mantido pela Fundação. E Vivaldo surpreendeu a muitos ao declarar ser favorável à cogestão para o funcionamento da Fundação, que envolveria além da própria fundação, o Governo do Estado e a Prefeitura de Caicó, ou até mesmo a municipalização, ou seja, entregar o Hospital para ser administrado pelo município.
Mas o que fez Vivaldo Costa mudar tão rápido de opinião, já que até pouco tempo ele, e muitos de seus aliados e diretores da Fundação defendiam o contrário? Vivaldo, mais do que ninguém sabe que a situação do Hospital do Seridó, como diz o ditado popular “chegou ao limite”. Salários e direitos trabalhistas de funcionários atrasados, a oferta do atendimento materno-infantil sendo oferecida de forma precária. São estes e outros problemas que fazem Vivaldo e seus aliados entenderem que a cogestão, proposta inicialmente feita pela Promotora do Ministério Público, Iara Pinheiro e discutida entre as instituições caicoenses no Conselho Municipal de Saúde, poderá ser a salvação do Hospital.
Sem essa cogestão, a Fundação Hospitalar Carlindo Dantas correria sérios riscos de deixar de receber recursos públicos, pela confusão gerada em torno do caráter jurídico da Fundação, se é pública ou privada. Resumindo: Vivaldo e seus aliados não querem jamais assumir o ônus da culpabilidade pelo fechamento do Hospital do Seridó. Então, o óbvio é aceitarem a cogestão. Antes tarde, do que nunca.