Movimento de Oiticica obrigou Governo a se render aos anseios do Povo

Reuniões nos barracões em frente ao canteiro de obras

Reuniões nos barracões em frente ao canteiro de obras

A luta do Movimento dos agricultores e agricultoras atingidos pela construção da Barragem de Oiticica deu um grande exemplo para a sociedade potiguar: a de que nem sempre o Povo é obrigado a se curvar ao Governo, e em alguns casos, os governantes precisam se render aos anseios da população.

Durante muitos anos centenas de famílias das comunidades rurais de Jucurutu, Jardim de Piranhas e São Fernando tiveram seus direitos desrespeitados pelo Governo do Estado, principalmente na gestão da então governadora Rosalba Ciarlini. Prazos estipulados e nunca cumpridos, e a obra parada por diversas vezes, como forma de chamar a atenção do Rio Grande do Norte e principalmente do Governo.

E deu certo…

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Reuniões na Capela de Santana

O Movimento encontrou apoio, não na classe política e muito menos em seus “representantes”, mas na Igreja Católica do Seridó, representado em todos os momentos pelo Arcebispo de Natal, Dom Jaime, pelo bispo da Diocese de Caicó, Dom Antônio Carlos e pelo vigário-episcopal para Assuntos Sociais, Padre Ivanoff Pereira, que por sinal foi um dos idealizadores do movimento em seu início. Além de vários outros segmentos, dentre eles o SEAPAC, com a forte e presente atuação do seu articulador José Procópio de Lucena. Quem acompanha estas instituições sabem perfeitamente que Oiticica foi apenas mais uma, das muitas lutas encampadas no Seridó.

Graças ao Movimento, Barra de Santana passou a ser conhecida por todo o Estado e Brasil. Dois governadores, em pouco menos de três anos foram obrigados a visitar o pequeno Distrito e dialogar com os agricultores. Agora é esperar que o Governo Robinson cumpra com todos os prazos, que as obras sociais sejam feitas como o prometido, e a Barragem de Oiticica, enfim concluída.