Apesar de ter o nome de um dos santos mais populares do Mundo, o bairro João Paulo II vem sendo esquecido, ao longo dos anos pelo Poder Público caicoense. São vários os anseios da população. Desde saneamento básico, coleta regular de lixo, investimentos na saúde e, principalmente na educação. A Escola Municipal Maria Fernandes da Silva é um exemplo da falta desse investimento. Com salas interditadas pelo Corpo de Bombeiros, há pelo menos dois anos, espaços que deveriam servir para crianças com necessidades especiais se transformaram em depósitos.
“A escola está cheia de rachaduras, o telhado parece mais uma peneira. O diretor me pediu mais uma semana de paciência, mas já fazem dois anos que os Bombeiros interditaram esse espaço. A sala que deveria servir para filhos como o meu, que necessitam de uma atenção especial, está servindo para computadores”, disse Kaliane Alves, moradora e mãe de um aluno especial da escola.
Ivanildo Carlos da Silva, morador do bairro João Paulo II há 28 anos lamenta que o Poder Público, ao longo dos anos tem contribuído mais ainda para aumentar a baixa estima dos que moram no bairro. “Às vezes a gente se sente excluído da sociedade porque vivemos num bairro que não diferente dos demais, sofre com a criminalidade, e também com o preconceito quando dizem que moramos na favela. Muitos que querem estudar não estão tendo esse direito por omissão dos gestores públicos que deixam de reformar nossa escola, nos deixando ao Deus dará”, lamentou.
“Falta de aviso não é. Postamos em Facebook, já enviamos ofícios para os gestores e até agora nada. O próprio prefeito esteve aqui visitando a escola em novembro do ano passado, garantiu que tomaria as providências, e até agora nada”, finalizou Kaliane. E para constatar a veracidade das informações dos moradores, o Blog do Marcos Dantas visitou o bairro neste sábado (28), e a escola mesmo fechada pudemos observar a presença de sinais de que a escola não anda bem cuidada. A presença de muito lixo em frente ao colégio e também em seu interior é apenas um sinal de que o prédio não vem sendo bem cuidado.