Feliz aniversário Caicó!

0bv-caicóCaicó, um relato da sua origem
Por Pedro George de Brito

Nos idos de 1748, quando toda região do Seridó, ainda pertencia a freguesia de Piancó/PB, já era conhecido o povoado também denominado Seridó, possivelmente situado onde mais tarde se assentaria a cidade de Caicó, que teve seu alvará de fundação em fins de 1748, onde recebeu como primeiro topônio, “POVOADO SERIDÓ”.

Em 31 de julho de 1788, o povoado recebeu a denominação de VILA NOVA do PRINCIPE em homenagem a Dom João VI, Rei de Portugal. De 16 de dezembro de1868 – data da emancipação política – até 01 de fevereiro de 1890, a Vila Nova do Príncipe passou a chamar-se Cidade do Príncipe.

O atual nome da Cidade “Caicó”, surgiu através do Decreto nº 33, de 7 de julho de 1890. O primeiro documento a registrar o nome de Caicó, é o que faz referência a data de terra requerida pelo Cap. Inácio Gomes da Câmara, foi registrado aos 7 de setembro de 1736, do Sítio Caicó, no Riacho Seridó.

Antes de aqui chegarem os primeiros desbravadores, diz-se que a região era habitada pelos índios Caicós da tribo dos Cariris, os quais denominaram a região de CAI-ICO (macaco esfolado – em tupi guarani), devido a vegetação com muitos serrotes.

Com a chegada dos desbravadores inicia-se a história lendária do povoado, então denominado Seridó, mais conhecida como a “Lenda do Touro Bravio”, que habitava um fechado munfubal e que era tido como um ente sagrado dos índios que ali habitaram.

Reza a Lenda: – Um vaqueiro, certo dia, campeava revendo seu rebanho, deparou-se com um touro bravio em meio a um intricado munfubal, sumindo o touro ele se encontrou perdido sem poder voltar para sua residência e neste momento, fez um voto a Sant’Ana, que se reencontrasse o caminho de casa, ali voltaria e edificaria uma Capela em sua homenagem, o que imediatamente aconteceu e foi reconhecido como milagre do vaqueiro. Logo após, ele voltou ao local e deu início a construção da capela, hoje matriz de Sant’Ana. Não havendo água disponível no local, o vaqueiro saiu a procura e encontrou um poço no leito do rio Seridó, hoje denominado “Poço de Sant’Ana”, de onde retirou água para construção da referida capela.

© 2024 Blog do Marcos Dantas. Todos os direitos reservados.
Proibida a reprodução total ou parcial do conteúdo deste site sem prévia autorização.