Um momento emocionantes da cerimônia que marcou os dois anos de criação do Programa Mais Médico foi o depoimento da estudante Ana Luiza de Lima, que cursa medicina em Caicó, e mora no bairro Castelo Branco na mesma cidade. Ana afirmou que “fazer medicina sempre foi meu sonho, mas era um sonho distante”, pelo fato de morar no interior e uma região carente do estado. Segundo ela, a distância desse sonho ficou menor com a implantação pelo governo federal de uma escola de medicina “em pleno sertão nordestino”. “O processo de interiorização levou os olhos da sociedade para áreas remotas e mais do que isso, deu voz aos sertanejos, ribeirinhos e indígenas”, disse ela.
“Nesses momento me vem à memória o discurso que fez, presidenta Dilma, quando foi eleita. Disse que os pais podiam olhar nos olhos de suas filhas e dizer que elas também podiam ocupar o cargo mais importante do Brasil. Pois agora peço licença para reconstruir a sua afirmação dizendo que no Brasil de hoje a neta de agricultor do interior do Nordeste já pode sonhar em ser doutora”, acrescentou a estudantes sob aplausos. E completou: “Em meu nome, de meus colegas e de tantos outros que estão tendo acesso à universidade eu lhe agradeço pela oportunidade”.