Em entrevista ao Panorama 95 (Rural FM) desta quarta (17), Dom Antônio disse que o período “é tempo de rasgar o coração, sobretudo vir aonde é que nosso coração está petrificado, que impede a ação da graça de Deus. A igreja propõe na quarta-feira de cinzas e na sexta-feira santa o jejum e a abstinência”, destacou. Dom Antônio explicou que jejum e abstinência é nada mais do que dizer que Deus é tão importante que somos capazes de abrir mão de algo que é importante. “Como a carne era algo importante na nossa refeição, havia uma penitencia comum, mas é sempre bom entendermos que o jejum e a abstinência são exercícios pra criarmos musculaturas na fé”.
Mas, o próprio bispo não recomenda o sacrifício para pessoas idosas e enfermas. “Uma pessoa que é doente, uma pessoa idosa não pode fazer isso. Alguém que tem ulcera ou gastrite, fazer jejum poderá causar complicações. Deus não quer esse tipo de sofrimento. Agora, a gente pode abrir mão de outras coisas que são importantes pra gente, para que cada vez que você se lembre daquilo entenda que Deus é mais importante”, destacou.
Na entrevista, Dom Antônio fez questão de contar uma de suas experiências de jejum e abstinência. “Teve uma quaresma que eu escolhi fazer abstinência de café. Eu chegava a tomar oito doses de café por dia. Pra mim de fato aquilo me fazia abrir mão. Pra quem gosta de café, cada hora que me dava o café eu dizia que Deus era mais importante, que eu estava na quaresma e que eu precisava mudar de vida. Cada um precisa ver pela sua vida e seu estilo, o que você fazer de uma abstinência eficaz, que de fato seja um exercício que vai te levar a uma mudança de coração”, finalizou.
Ouça a entrevista de Dom Antônio Carlos