Diretora do Centro Cultural vê legitimidade no Movimento e diz sempre dialogar com os artistas

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Do Blog de Gláucia Lima – Em entrevista à imprensa de Caicó, a diretora do Centro Cultural Adjuto Dias, Suerda Ferreira, comentou pela primeira vez o recente movimento encampado pelos artistas caicoenses em prol da participação deles na direção do Centro, a abertura de diálogo com os agentes culturais, condições de trabalho e a interação com a Fundação José Augusto. Sobre as manifestações, Suerda disse tratá-las com legitimidade, “pois os artistas e as pessoas são livres para protestar como lhes convier. Não vivemos numa ditadura. Vivemos num regime livre de expressão”.

A diretora negou ter fechado qualquer dialogo com a classe artística. “Isso nunca deixou de existir. Acredito que a melhor maneira é o entendimento. Nossa gestão especificamente sempre foi e vai ser participativa. Nós nunca deixamos de dialogar com os artistas, sempre atendemos suas reivindicações e seus direitos, o que é natural que aconteça. Estarei sempre aberta ao diálogo com os artistas, com os ativistas culturais de Caicó, do Seridó, do estado e de outros estados. Inclusive, tivemos parcerias ano passado com vários grupos que na oportunidade se apresentaram no teatro Adjuto Dias e ficaram encantados com nossa estrutura, chegando a dizer que seria maravilhoso encontrar em todas as cidades uma organização e uma bela casa de espetáculos como essa”, analisou.

Suerda também deixou claro que a sua indicação ao cargo respeita os critérios técnicos, e que foi feita pelo vereador Leleu Fontes com o respaldo do prefeito de Jardim de Piranhas, Elídio Queiroz, aliados de primeira hora do governador Robinson Faria. “O cargo é do governo do estado e qualquer decisão compete ao governador”. A situação em que se encontra o Centro Cultural de Caicó também foi explanada pela diretora. Na entrevista lamentou não contar com pessoal de apoio para lhe ajudar na administração.

Contamos apenas com duas zeladoras e dois porteiros de empresa terceirizada, que são lotados na secretaria estadual de Educação e estão cedidos ao Centro Cultural. Não temos sequer um maquinista, um sonoplasta, um iluminador e nem assistente de palco, que representam o mínimo para o funcionamento e desempenho das atividades. Todo esse serviço é terceirizado. Desde que assumimos a direção do teatro, ano passado, solicitamos as condições necessárias para o funcionamento. Já mantivemos contato por telefone com o presidente da Fundação José Augusto, Rodrigo Bico, para esclarecimentos de outros assuntos e estamos aguardando uma audiência para mostrarmos a situação atual”, finalizou.

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