Hospital Regional
Caicó não pode se dar ao luxo de perder 5 milhões de reais para investimentos no Hospital Regional do Seridó. Pois é. Logo no Hospital Regional de onde nos chegam diariamente notícias de falta de medicamentos, pacientes há meses esperando na fila por uma cirurgia, médicos atendendo em consultórios sem as mínimas condições de trabalho, UTI funcionando de forma precária.
Cinco milhões de reais, dinheiro que o Banco Mundial quer destinar para o Hospital Regional, através do RN Sustentável daria para resolver todos estes problemas, e ainda melhorar a estrutura física de todo o Hospital. Com todos os prazos já esgotados, o Banco Mundial só deve esperar mais 15 dias para que o impasse existente entre a Fundação Nacional de Saúde (FUNASA) e o Atlético Clube Corintians seja resolvido. Caso contrário, é Caicó dar adeus aos 5 milhões de reais e Currais Novos vibrar com a transferência destes recursos.
Construído no terreno que, por documento ainda pertencente ao Atlético Clube Corintians, o Hospital Regional não pode receber investimentos do Banco Mundial até que esta situação seja resolvida. A Funasa, por sua vez alega que espera tão somente que o Corintians faça a cessão do terreno, e que posteriormente será repassado para o Governo do Estado. O impasse tem sido justamente esse.
Ata cedida ao Blog pelo Corintians
O Corintians alega não poder entregar assim, quase de “mão-beijada” o terreno, e pede que seja cumprido o que foi aprovado em ata, durante reunião no dia 12 de fevereiro de 1987, com a presença de 239 sócios, que foi a permuta de terrenos. “Já cedemos demais. Se o Governo quiser dar ao Corintians qualquer terreno, que seja até menor e menos valioso do que o do Regional, assinamos o acordo. Não posso fazer uma coisa que a os sócios não autorizaram”, disse Lobão Filho, presidente do Clube.
Para desamarrar esse nó, o Conselho de Saúde de Caicó que desde o início tem provocado e acompanhado essa discussão, provocou uma reunião nesta sexta-feira (20) em Natal, junto com a FUNASA, Atlético Clube Corintians, Governo do Estado e o próprio Conselho para se chegar a um denominador comum, antes que seja tarde demais e Caicó perca os recursos de 5 milhões de reais.
Ouça a entrevista de Ana Guedes ao Panorama 95 desta quinta-feira (19):