Imagens do painel do caminhão de grande porte flagraram o momento em que o veículo colide em uma van escolar, em Kwazulu Natal, na África do Sul. O acidente deixou 20 pessoas mortas, entre elas, 18 crianças. Em alta velocidade, o condutor do caminhão, que transportava 34 toneladas de carvão, dirige na pista contrária e acerta em cheio o transporte escolar. Dois anos após o terrível acidente em Pongola, o motorista vai à justiça sob acusação de homicídio, direção imprudente, negligente e por fugir do local do acidente.
O motorista do utilitário, Lethukuthula Nkonyane, de 19 anos, e a professora Zinhle Mkhize, 28, morreram na hora com o impacto da batida. As 18 crianças, com idades entre cinco e os 12 anos, perderam a vida quando o caminhão arrastou o carro cerca de 220 metros.
O motorista Sibusiso Siyaya, de 28 anos, foi condenado por 20 acusações de homicídio pelo acidente em Kwazulu Natal em 2022, e enfrentará a sentença nesta quarta-feira. Na ocasião, Siyaya dizia que recebia um bônus em dinheiro pelo número de cargas que conseguia entregar em um dia e em seu décimo sexto turno consecutivo. O motorista afirmou ainda, que havia até retirado a placa do caminhão para que as câmeras de trânsito não conseguissem evidências de que ele violava os limites de velocidade.
Nas imagens é possível ver que o veículo segue em alta velocidade, forçando o tráfego em sentido contrário a desviar-se de seu caminho para evitar uma colisão. O registro flagra ainda que ele ultrapassou ilegalmente cerca de 15 veículos, incluindo oito caminhões pesados de carvão semelhantes ao seu.
Após o acidente, Sibusiso Siyaya fugiu. Ele se entregou e foi preso no dia seguinte pela polícia. Siyaya estava sob custódia desde setembro de 2022. Na ocasião, ele tentou alegar que seus freios falharam e que ele fugiu porque temia ser assassinado pelos moradores locais.
No entanto, os investigadores de acidentes de trânsito descobriram que os freios estavam funcionando, assim como o rastreamento por GPS e a câmera do painel que provaram que ele estava no controle do caminhão.
Fonte: O Globo