Vacina para coronavírus pode sair mais rápido que outras

No Brasil, estados que tiveram mais mortes no início da pandemia apresentam recuo, sobretudo pela diminuição de casos nas capitais. Isso ocorre em Pernambuco, Ceará, Amazonas, Pará e Rio de Janeiro, que têm juntos 49 milhões dos 210 milhões de brasileiros

Governos, institutos de pesquisa, indústrias farmacêuticas e dezenas de milhares de cientistas em todo o mundo aceitaram o desafio de tentar lançar o quanto antes uma vacina contra o Sars-CoV-2. Alguns dos mais de 120 candidatos já estão na chamada fase 2 de pesquisa clínica (de um total de três), quando se busca comprovar a eficácia com ensaios que envolvem até centenas de seres humanos.

Se tudo der certo, é possível que algumas vacinas já sejam lançadas no fim deste ano ou ao longo de 2021. Trata-se de velocidade impressionante se lembrarmos que desde a década de 1980 a humanidade se esforça para criar imunização contra o HIV e que pesquisas de vacinas contra a dengue acontecem desde a década de 1950. Tipicamente, leva-se uma década ou mais para se lançar uma vacina. Só em 2016 foi aprovada uma vacina contra a dengue, a Dengvaxia, da Sanofi, com proteção de 60,4% após três doses e capacidade de reduzir em 80% as hospitalizações. Em 2017 a bula do fármaco foi alterada, porém, porque havia o risco de que quem nunca teve dengue, após receber a vacina, desenvolvesse quadro mais grave da infecção.

Modelo da morfologia do novo coronavírus, o Sars-CoV-2, divulgado pelo Centro de Controle de Doenças (CDC, na sigla em inglês), dos EUA – MAM/CDC/Reuters

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