Trilhas retorna a Serra Negra do Norte

Comunicação, sinalização de espaços, interação social e reaproveitamento de alimentos. Essas são apenas algumas das áreas que o Programa Trilhas Potiguares 2022 pretende estimular em Serra Negra do Norte, no Seridó potiguar. Com extensão de 562,4 km², esta é a terceira vez que o município recebe o projeto com o propósito de  alcançar a melhoria da qualidade de vida de aproximadamente 1.100 pessoas, sejam elas da zona rural ou urbana. O diagnóstico foi realizado na cidade no mês março e identificou demandas nos eixos de  tecnologia e produção, comunicação, trabalho, meio ambiente, cultura, educação, direitos humanos e saúde.

Para suprir a necessidade de cada eixo, serão mediados trabalhos educativos por meio de atividades como minicursos, oficinas, palestras e rodas de conversas. No ambiente escolar, chama atenção a necessidade de preparação dos alunos da educação básica para ingressar no ensino superior. Isso porque muitos estudantes apresentam dificuldades para saber qual o próximo passo após a formação escolar, qual universidade escolher e quais cursos considerar. Para auxiliar nessa demanda, o Trilhas vai contemplar atividades voltadas à apresentação das Instituições de ensino superior (IE’S), as formas de ingresso e as possibilidades de graduação. 

Resultado da pandemia, período em o ambiente domiciliar se tornou a nova sala de aula, outro ponto a ser trabalhado é a interação entre os alunos e professores. Mesmo com a retomada das aulas presenciais, o distanciamento permaneceu e segue ainda mais aprofundado quando associado ao processo de evasão escolar. Já no processo de alfabetização e repasse de conhecimentos, o Trilhas vai fomentar a construção de jogos pedagógicos, o ensino da matemática e artes com foco no fortalecimento da cultura local. 

Além das escolas, a Psicopedagoga  Ivone Braga, coordenadora do projeto em Serra Negra do Norte, conta que  durante a visita também foram avaliados outros locais como a igreja, o mercado público, a quadra poliesportiva, as praças, a fábrica de bonés e o Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) do município potiguar. Participaram da atividade  representantes da prefeitura da cidade, como a chefia do setor de proteção social e especial,  e  gestores de escolas públicas e privadas. 

“A princípio, houve a apresentação do Programa para os participantes e, em seguida, todos reuniram-se, em pequenos grupos, para discutirem e estimarem as demandas e potencialidades do referido município”, explica a coordenadora Ivone Braga. Entre as reivindicações, ela cita o reaproveitamento do óleo para fabricação de sabão, o uso consciente da água e o descarte correto do lixo. Em conjunto, essas atividades contemplam o segmento do meio ambiente, que pretende, ainda,  orientar a população de Serra Negra do Norte no reaproveitamento do solo como manejo.

Para concretizar o trabalho planejado, fora a coordenação de Ivone Braga,  a ação do Trilhas no município recebe a liderança de Dalila Belchior dos Santos e a colaboração de 16 alunos  distribuídos em cursos como Teatro, Artes visuais, Educação, Enfermagem, Nutrição e Fisioterapia. Ao todo, a equipe já realizou aproximadamente 8 reuniões, sendo duas presenciais e as demais no formato remoto. O próximo passo é  manter a articulação para o planejamento de ações ligadas aos temas de interesse da comunidade.

Para o secretário de cultura de Serra Negra do Norte, Petrucio Ferreira, as expectativas para receber o Trilhas são positivas e potencializadas  pelo trabalho realizado na comunidade em  edições anteriores. “A gente espera que as ações possam ocorrer com magnitude e que de certa forma tenhamos bons resultados, sejam relativos à área educacional, agrícola, saneamento, ou saúde. Nós temos um leque de possibilidades sendo discutidas e que com certeza trará grandes resultados para o município de Serra Negra do Norte”, complementa. 

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