O Serviço Secreto dos EUA negou neste domingo as acusações de que teria se recusado a oferecer proteção extra ao ex-presidente Donald Trump antes do comício de sábado, na Pensilvânia, onde ele foi alvo de um atentado a tiros. A agência, subordinada ao Departamento de Segurança Interna, virou alvo de uma série de questionamentos pela falha de segurança que permitiu que um atirador, de 20 anos, abrisse fogo durante o ato de campanha.
O porta-voz do Serviço Secreto, Anthony Guglielmi, afirmou em uma plataforma de mídia social que as alegações eram “absolutamente falsas”. Ele afirmou, pelo contrário, que a segurança foi reforçada.
“Há uma afirmação falsa de que um membro da equipe do ex-presidente solicitou recursos de segurança adicionais e que estes foram rejeitados. Isto é absolutamente falso. Na verdade, adicionamos recursos, tecnologia e capacidades de proteção como parte do aumento do ritmo de viagem da campanha”, escreveu.
Uma onda de críticos se voltou contra a atuação do Serviço Secreto americano, principal responsável pela segurança do candidato em campanha eleitoral. Embora tenham retirado o presidenciável em segurança do local, pesa o fato do atirador ter conseguido se posicionar a menos de 140 metros e disparar oito vezes contra o palco. O evento eleitoral também contava com a atuação de integrantes do FBI, a polícia federal dos EUA, e da polícia local da Pensilvânia.
O presidente do Comitê de Supervisão e Responsabilidade da Câmara dos Representantes dos EUA, James R. Comer, afirmou na noite de sábado que o caso será investigado como uma tentativa de homicídio contra o ex-presidente, e afirmou que o painel irá convocar a diretora do Serviço Secreto, Kimberly Cheatle, para prestar depoimento em uma audiência no Legislativo, em 22 de julho.
Em uma coletiva de imprensa na noite de sábado, o agente especial do FBI Kevin Rojek disse ser “surpreendente” que o atirador tenha conseguido abrir fogo no palco antes de o Serviço Secreto o matar. O órgão, equivalente à Polícia Federal nos EUA, também abriu uma investigação à título de tentativa de homicídio. O próprio Serviço Secreto e a Agência de Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos dos EUA também realizarão investigações.
— Estamos trabalhando incansavelmente para determinar o motivo (do atentado) — disse Rojek. —Mas serão dias, semanas, meses de investigação.
Fonte: O Globo