Senadora Fátima vai propor a criação de caravana em defesa do forró

Durante audiência pública da Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR), realizada na segunda-feira (20), em João Pessoa (PB), que discutiu tornar o forró patrimônio imaterial do país, a senadora Fátima Bezerra anunciou que vai propor a criação de uma caravana para percorrer os estados do Nordeste em defesa do forró de raiz.

“Vou apresentar na comissão o pedido para a realização de uma caravana em defesa do forró de raiz. Vamos percorrer todos os estados do Nordeste para debater a importância dessa que é uma das manifestações culturais mais genuínas, que reflete a identidade do povo nordestino”, anunciou Fátima Bezerra, presidenta da Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo do Senado.

Representante do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Pedro Clerot detalhou o andamento do processo para tornar o forró patrimônio imaterial do Brasil. Segundo ele, o pedido foi avaliado em 2013 e a partir daí iniciadas as etapas para a elaboração da pesquisa. “Em parceria com forrozeiros, o Iphan elaborou uma carta de intenções que norteará a pesquisa durante os dois anos de trabalho. É preciso recursos na ordem de R$ 400 mil”, pontuou.

Em resposta, o deputado federal Luiz Couto lamentou a falta de recursos do Iphan, o corte nos investimentos do governo federal e anunciou a destinação de uma emenda no valor de R$ 100 mil para que a pesquisa possa ser iniciada. Outra emenda do mesmo valor foi apresentada pela senadora Fátima.

O secretário de Cultura da Paraíba, Lau Siqueira, que destacou a importância do forró o classificando como “o nosso estilo de vida”, considerou a audiência como “um momento histórico”.

A coordenadora do Fórum Forró de Raiz, Joana Alves, parabenizou a senadora Fátima pela realização da audiência devido “a relevância da temática na preservação da cultura”. “Estou muito grata. Vamos caminhar de mãos dadas em prol dessa luta”.

Por fim, a senadora Fátima Bezerra avaliou a audiência como extremamente positiva. “Demos o pontapé inicial para a retomada do processo de registro do forró como patrimônio imaterial no Brasil. Se ao frevo, merecidamente, foi dado o título de patrimônio imaterial do país, porquê não homenagear o forró por tudo o que ele representa? O forró de Gonzagão, de Jackson do Pandeiro, de Samuca, de Elino Julião, de tantos outros grandes nomes”, finalizou.

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