A senadora Fátima Bezerra denunciou, mais uma vez, o descanso do governo federal para com o estado e cobrou, nesta segunda-feira, 16, que o governo garanta a inclusão do Rio Grande do Norte no Programa Um milhão de Cisternas.
O estado foi beneficiado com R$ 10 milhões no edital de chamamento público nº 3 de 2017, que selecionou projetos de implementação de tecnologias sociais de acesso à água para consumo humano em escolas e domicílios localizados na zona rural na região do Semiárido, mas o governo federal, por meio do Ministério do Desenvolvimento Social, excluiu o estado dos beneficiários do programa.
Fátima adiantou que já entrou em contato com o coordenador da bancada e integrante da base do governo, deputado Felipe Maia, para que ele solicite uma audiência de toda a bancada federal com os ministros Alberto Beltrame (Desenvolvimento Social) e Esteves Colnago (Planejamento).
“O Rio Grande do Norte participou dessa chamada pública, foi selecionado, e simplesmente, agora, sem nenhuma explicação plausível, o Ministério do Desenvolvimento Social excluiu o meu estado. Enquanto o atual governo abre as portas para os banqueiros e para os grandes empresários, perdoando dividas e concedendo anistias, fecha as portas para os pobres, cortando direitos essenciais, como o acesso à agua”, disse.
Na última semana, bispos potiguares e a Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte defenderam a liberação dos recursos para o Programa Um milhão de Cisternas no estado. Fátima fez ainda questão de registrar, no Plenário, trechos da carta assinada pelos bispos potiguares que pede a liberação dos recursos.
“Nós não vamos aceitar esse calote, mais esse descaso do governo ilegítimo. Esperamos que essa situação seja resolvida o mais breve possível e que os recursos sejam liberados para a ASA Potiguar, instituição selecionada, para que o Programa Um milhão de Cisternas possa não só ter continuidade, como também ser ampliado”, completou.
A bancada federal já esteve em duas reuniões com o secretário nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do Ministério do Desenvolvimento Social, Caio Rocha, e cobrou explicações sobre a exclusão do Rio Grande do Norte do plano de trabalho elaborado pela Associação Programa Um milhão de Cisternas para o Semiárido. Em fevereiro deste ano, Caio Rocha garantiu que buscaria uma alternativa para que a Asa Potiguar recebesse os recursos.