Sem encontrar Zema, Bolsonaro cumpre agendas partidárias no Triângulo Mineiro

Bolsonaro ao lado de Romeu Zema em Belo Horizonte
Bolsonaro ao lado de Romeu Zema em Belo Horizonte — Foto: Reprodução/Twitter Romeu Zema

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) cumpre agendas nesta quarta-feira no Triângulo Mineiro, no sul de Minas Gerais, sem a presença do governador do estado, Romeu Zema (Novo). Bolsonaro participa de eventos partidários do PL, enquanto Zema, que pertence ao seu grupo político, cumpre agenda em Belo Horizonte, a mais de 450 quilômetros de distância.

O ex-mandatário chegou a Minas Gerais no início da tarde desta terça-feira, quando foi recebido por apoiadores no município de Uberaba e participou do lançamento da pré-candidatura do ex-vereador Samir Cecílio (PL) à prefeitura da cidade.

Hoje, Bolsonaro segue para Uberlândia para lançar o deputado estadual Caporezzo.

Ao GLOBO, a assessoria do governador Romeu Zema confirmou que o governador não estará com o ex-presidente em nenhum momento. Segundo a agenda oficial, Zema se reúne com o secretariado pela manhã. Na parte da tarde, recebe o presidente da Associação Comercial e Industrial de Uberlândia (Aciub), Fábio Túlio Felippe, e participa do 15º Congresso da Rede Mineira das Apaes e 5º Fórum Mineiro de Autogestão, Autodefesa e Família.

A expectativa é de que Bolsonaro volte ao estado ainda este mês para o ato de lançamento do deputado estadual Bruno Engler à prefeitura da capital.

No início do ano, Romeu Zema vinha tentando se aproximar do ex-presidente e, inclusive, esteve na manifestação na Avenida Paulista no final de fevereiro.

Segundo articuladores, sua ida simbolizou uma tentativa de se aproximar do eleitorado para se cacificar para as eleições de 2026 como o nome do ex-presidente. No passado, contudo, enfrentou resistência com o campo político.

Em 2023, um discurso do governador durante o evento conservador CPAC Brasil foi amplamente criticado por políticos que compõem o núcleo duro de apoio ao ex-presidente.

Na ocasião, Zema pregou a “união da direita”, mas foi rechaçado e chamado de oportunista. “O presidente @jairbolsonaro vem sendo perseguido desde janeiro 23. Não tem nenhuma ligação no meu celular, que está à disposição 24/7 ligado, de ninguém pregando união, nem oferecendo solidariedade, nem sugestão, nem nada. É tudo jogo de oportunismo político”, escreveu o ex-secretário de Comunicação Fabio Wajngarten em seu perfil no X (antigo Twitter).

Neste ano, até o momento, já fez quatro grandes gestos. O primeiro ocorreu no dia 8 de janeiro, quando confirmou presença no ato do governo federal, o “Democracia Inabalada”, mas logo recuou. Em suas redes, disse que a organização tinha cunho político.

Ao final do mês, contrariou o governo federal e desobrigou a necessidade da carteira de vacinação para se matricular nas escolas estaduais. O movimento ocorreu após o Ministério da Saúde ter incluído a vacina da Covid-19 no calendário obrigatório para crianças de até cinco anos.

Recentemente, Zema também fez elogios públicos ao ex-presidente. Em entrevista à Jovem Pan, reconheceu Bolsonaro enquanto um grande articulador e afirmou que seu apoio terá grande peso nas próximas eleições presidenciais.

Fonte: O Globo

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