Sebrae abre inscrição para programa de melhoramento genético

Até meados do ano passado, o rebanho bovino do produtor Rogério Maniçoba somava 50 cabeças de gado leiteiro mestiço Gir e Holandês e Pardo Suíço. Em menos de um ano, o bovinocultor vai ampliar o rebanho da fazenda Cazumbá, localizada no município de Alexandria, para 58 animais com um padrão genético melhorado. “Conseguimos obter quatro bezerros macho, dos quais vendemos somente um por R$ 1,5 mil, que é um valor muito bom para um animal de dois meses”, anima-se, na expectativa de que os outros quatro que devem nascer ainda este mês serem fêmeas.

O caso do produtor de Alexandria exemplifica bem o que o Projeto Leite & Genética, desenvolvido pelo Sebrae no Rio Grande do Norte e executado pela equipe técnica do Instituto BioSistêmico (IBS), promove nos currais dos bovinocultores potiguares. A iniciativa torna acessível a utilização por parte de pequenos produtores, e o melhor a um baixo custo, modernas técnicas de reprodução de gado leiteiro ou de corte, como é o caso da inseminação artificial por tempo fixo (IATF) e a avançada fertilização in vitro (FIV). Isso porque o Sebrae subsidia 70% do valor dos procedimentos e o bovinocultor paga apenas 30%.

O prazo de adesão vai até o dia 30 de abril e as inscrições podem ser feitas na sede do Sebrae em Natal ou nos escritórios do interior do Estado. Pelo projeto, os custos dos procedimentos reduzem 70% para o produtor
“É muito válido. No ano passado, compramos um pacote com 30 inseminações e conseguimos prenhezes simultâneas em 17 vacas em dois momentos distintos. O índice de sucesso foi muito alto, tanto que este ano já compramos um pacote com mais 20 inseminações”, garante Rogério Maniçoba, cujo obtivo principal é aumentar a produção de leite na propriedade, que hoje gira em torno de 200 litros por dia. Para isso, ele usou como matriz das inseminações as vacas que têm maior rendimento, aquelas que chegam a produzir até 10 litros de leite por dia.

E é exatamente esse o objetivo do programa do Sebrae, promover o melhoramento genético dos rebanhos potiguares, dando mais competitividade para as pequenas propriedades, que, com melhor desempenho dos animais, têm mais produtividade de leite ou de carne.