Rio Grande do Sul: doenças derivadas das enchentes preocupam órgãos de saúde

Secretário-executivo afirma que o cenário atual do Rio Grande do Sul é propício para a aparição de casos de leptospirose e tétano -  (crédito:  Kayo Magalhaes/CB)
Secretário-executivo afirma que o cenário atual do Rio Grande do Sul é propício para a aparição de casos de leptospirose e tétano - (crédito: Kayo Magalhaes/CB)

O Rio Grande do Sul passa por um momento grave no atendimento à assistência à saúde de modo geral, afirma Swedenberger Barbosa, secretário-executivo do Ministério da Saúde. O entrevistado do CB.Saúde — uma parceria entre o Correio e a TV Brasília — desta quinta-feira (16/5) reforça que a vigilância sanitária está atuando para detectar problemas de saúde pública.

“Já há algumas suspeitas de óbitos por leptospirose, estamos comprovando se isso é verdadeiro ou não, mas o ambiente é propício”, explica o secretário. 

Confira a entrevista na íntegra:

Saúde mental 

O esgotamento mental daqueles que estão trabalhando na linha de frente do problema é outra preocupação. O secretário-executivo elucida que há uma área dentro do Ministério da Saúde que trata da pauta.

“Ela (área responsável) já foi acionada e já fez contato de acordo com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)”, detalha.

“Temos também a colaboração já ofertada por várias outras estruturas hospitalares que lidam com essa pauta e que também nos colocam à disposição para termos um número bem satisfatório de pessoas envolvidas nesse processo. É preciso dizer que isso envolve tanto quem cuida e como também quem vai ser cuidado”, reitera o secretário do Ministério da Saúde. 

Dengue 

O secretário-executivo avalia que o cenário da dengue no Sul necessita de um planejamento com antecedência, de acordo com as mudanças climáticas. “Antes não existia dengue na região Sul do país, e agora já tem”, afirma. 

Para enfrentar o problema, Swedenberger acrescenta que uma oficina internacional com grandes pesquisadores já está em processo de criação, buscando um plano para cuidar do próximo período epidêmico entre 2024 e 2025. 

Fake News

“Quero deixar claro que não há falta de vacina contra tétano, não há falta de nenhuma vacina no Rio Grande do Sul”, enfatiza o secretário-executivo do Ministério da Saúde. Swedenberger esclarece que não faltam insumos estratégicos fundamentais para salvar vidas no RS, e que o Ministério da Saúde está a postos para esclarecer qualquer dúvida sobre o assunto. 

*Estagiária sob supervisão de Ronayre Nunes

Fonte: Correio Braziliense

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