Rio Grande do Norte terá novo polo de energias renováveis

O Rio Grande do Norte terá novo polo de energias renováveis. A informação foi confirmada durante o evento Energia 50+50, um seminário promovido dentro das comemorações alusivas aos 50 anos do Sebrae na noite desta sexta-feira (12). O Estado foi escolhido para operacionalizar o polo pela experiência no atendimento aos empreendedores do setor e portfólio de soluções desenvolvidas especialmente para o setor de energias renováveis.

O novo empreendimento trata-se do Polo Sebrae de Energias Renováveis, que será um hub de informações, conexões, capacitação e estratégias será instalado no estado para atender a empreendedores de todo o país e estabelecer ações integradas entre governanças nos estados, grandes corporações, startups, pequenos negócios e demais atores do ecossistema de inovação.

O estado também apresenta potencial para a geração do hidrogênio verde e já possui um centro de tecnologia que é referência na área para o país, o Centro de Tecnologias do Gás e Energias Renováveis (CTGás-ER), do sistema Senai, onde o novo polo será instalado, em Natal.

Os dirigentes e equipe técnica do Sebrae no Rio Grande do Norte apresentaram as condições do estado no segmento de energias limpas durante o seminário e lançamento do polo. Participaram do evento em capital federal o presidente do Conselho Deliberativo Estadual, Itamar Manso Maciel, os diretores José Ferreira de Melo Neto (superintendente), João Hélio Cavalcanti (técnico) e Marcelo Toscano (operações), além da gerente de Competitividade do Sebrae-RN, Lorena Roosevelt, e do diretor do CTGás-ER, Rodrigo Diniz, entre outros representantes de instituições ligadas ao setor de energias que operam em terras potiguares.

Cerca de 25% dos investimentos previstos serão destinados à inovação

Durante o Seminário Energia 50+50, o superintendente do Sebrae-RN, José Ferreira, foi o moderador das discussões junto às entidades, empresas e parceiros convidados a integrar a governança do Polo para Aceleração de Negócios de Energias Renováveis. O projeto foi detalhado em debate técnico entre os participantes do seminário, mostrando o equipamento como um hub para aceleração de negócios nessa área, de modo a convergir as energias limpas em um ambiente físico e digital. O diretor do CTGás -ER, Rodrigo Diniz, complementou a explanação acrescentando dados sobre as perspectivas e cenários das energias renováveis para os pequenos negócios no Brasil.

De acordo com Lorena Roosevelt, o projeto de implantação do Polo Sebrae de Energias Renováveis terá investimentos da ordem de R$ 5 milhões incialmente, já que a proposta é tornar o equipamento sustentável após as fases de instalação e operação, viabilizadas em parceria entre o Sistema Sebrae e o Senais via CTGás-ER.

A gerente explica que essa união das duas instituições é primordial para efetivar o projeto, uma vez que o CTGás-RN já atua na área de capacitação e desenvolvimento tecnológico do setor, sendo o pioneiro nesse tipo de suporte no país, e o Sebrae-RN traz uma experiência de atuação e articulação às empresas que integram as cadeias produtivas de produção de energia. Somente na área de energia solar, a instituição vem trabalhando nos últimos cinco anos com as integradoras e demais empreendedores, executando um portfólio de soluções para as demandas desse segmento, com trilhas de capacitação, gestão de contratos e estratégias de atendimento e de tecnologias para os elos da cadeia.

A ideia é atender a todo o Brasil fornecendo informações técnicas para tomada rápida de decisão dos investidores. Será elaborado um radar de oportunidades nos setores fotovoltaicos, eólico e biomassa, principalmente no que se refere ao hidrogênio verde. “Vamos criar uma rede de experiência para gerar pontos de conexão capazes de abrir espaço para atuação de pequenos negócios tradicionais e startups nessas cadeias”, estima Lorena Roosevelt.

O projeto está estruturado em três fases, chamadas de ondas. Na 1ª Onda, que inicia agora e vai até o fim do primeiro semestre de 2023, será implantada a estrutura física do Polo e criada uma plataforma de atendimento e informações no meio digital, garantindo engajamento e escalabilidade. Por isso, o Polo está sendo considerado ‘figital’, ao unir operações on e off line. “Isso permitirá acelerar a curva de atendimento do Sebrae e fomentar a inserção de pequenos negócios nesse setor”.

Segunda Onda será trabalhar a parte de inteligência de dados para agregar informações estratégias. Também serão abertos editais de fomento às clean tech’s, que são as empresas de tecnologia que operam com soluções para a geração de energias limpas. Dos R$ 5 milhões previstos para os três primeiros anos do equipamento, cerca de 25% serão aplicados na área de inovação e tecnologia. A expectativa é que o Polo Sebrae de Energias Renováveis esteja consolidado até o terceiro ano do projeto, período chamado da 3ª Onda, quando o equipamento ganha efeito de rede e gera monetização de soluções criadas para se tornar autossustentável.

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