Rio Grande do Norte tem o primeiro suspeito de contrair varíola do macaco

A Secretaria Municipal de Saúde de Natal (SMS) informou que foi identificado o primeiro caso suspeito de infecção pelo vírus Monkeypox (Varíola do Macaco). Segundo informado, o paciente é do sexo masculino de 40 anos com histórico de viagem para a Espanha e contato com caso confirmado no país europeu. O caso foi identificado nesta quinta-feira (23). Ele está estável, segundo a Secretaria de Saúde.

Segundo a SMS, o paciente já recebeu atendimento médico e realizou coleta de material conforme protocolos vigentes e orientações quanto à necessidade de manter isolamento, uma vez que a transmissão ocorre por contato próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados.

O Brasil já confirmou 11 casos de varíola dos macacos, segundo informações do Ministério da Saúde. Os últimos três casos foram confirmados na quarta-feira (22). “O Ministério da Saúde informa que, até o momento, 11 casos de monkeypox foram confirmados no Brasil, sendo sete no estado de São Paulo, dois no Rio de Janeiro e dois no Rio Grande do Sul”, explicou a Pasta, que não forneceu mais detalhes sobre os novos casos.

A varíola dos macacos foi descoberta pela primeira vez em 1958, quando dois surtos de uma doença semelhante à varíola ocorreram em colônias de macacos mantidos para pesquisa. O primeiro caso humano dessa variante foi registrado em 1970 no Congo. Ela, foi relatada em humanos em outros países da África.

Emergência

A Organização Mundial de Saúde (OMS) reúne seu comitê de emergência nesta quinta-feira para considerar se um surto da varíola dos macacos exige que se declare uma emergência global. Para alguns especialistas, uma decisão da OMS de agir apenas após a doença se disseminar pelo Ocidente poderia perpetuar as grandes desigualdades que surgiram entre os países ricos e pobres durante a pandemia da covid-19.Declarar a varíola dos macacos uma emergência global significaria que a agência de saúde da Organização das Nações Unidas avalia o surto como um “evento extraordinário” e que a doença pode se disseminar por ainda mais países. Isso também daria à enfermidade a mesma distinção da pandemia da covid-19 e do esforço em andamento para erradicar a poliomielite.Muitos cientistas duvidam que uma declaração do tipo possa ajudar a conter a epidemia, já que países desenvolvidos que registraram os casos mais recentes se movem rápido para conter o problema. Na semana passada, o diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, descreveu a varíola dos macacos como uma doença identificada em mais de 40 países, sobretudo na Europa, e como “pouco usual e preocupante”. Ela tem deixado doentes há décadas na África, onde mata até 10% dos infecatos.