Professor de São Vicente incentiva alunos do ensino infantil a reciclar

Com a Primeira Revolução Industrial, no século XVIII, a quantidade de resíduos sólidos aumentou exponencialmente graças à produção em larga escala. Para resolver esse problema e acabar com o acúmulo de lixo, a solução criada foi o reaproveitamento e reutilização dos resíduos, conhecida também como reciclagem. De acordo com dados do Plano Nacional de Resíduos (PNRS), 30% do lixo brasileiro tem potencial para ser reciclado, porém apenas 3% é reaproveitado.

Durante sua época de estágios do curso de Pedagogia, Adailton Pereira começou a realizar itens com materiais recicláveis, por uma necessidade de reaproveitar de forma criativa. Leciona há doze anos em São Vicente, onde atualmente é professor de ensino infantil e fundamental.

Nessas escolas que lecionou, percebeu a falta de alguns itens em sala de aula, como, por exemplo, uma sacola para guardar brinquedos. Como não havia verba, ele aplicou o que aprendeu na época de estágios e levou para sala de aula. Dessa forma, poderia instigar seus alunos a usar a criatividade e a imaginação, além de conscientizá-los a cuidar do meio ambiente, saindo do básico “não jogue lixo no chão” e fazendo-os colocar a mão na massa.

O professor geralmente pede materiais nas redes sociais. Algumas pessoas que conhecem o projeto sempre doam diretamente para ele. Adailton ainda tem um canal no YouTube para ensinar como se realizam as peças, como carrinhos de garrafa PET e dados feitos de caixa de sabonete.

“Essas são propostas inovadoras, que trazem transformação não apenas para os alunos, mas também para seus familiares e para a escola”, diz o docente. Ele conta que, certa vez, os pais de uma aluna contaram para ele que a menina sempre quer estar produzindo com os itens recicláveis. “Até com uma tampinha de garrafa ela quer criar algo!”, conta o professor. Adailton afirma que se escolhesse apenas uma palavra que se referisse a dar aula para crianças, seria amor. “Me sinto realizado e cheio de alegria ao ver as crianças fazerem os objetos e utilizando eles! É uma sementinha plantada, que espero colher bons frutos para o futuro”, encerra Adailton.

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