PF faz operação para prender grupo que planejava ataques contra servidores e autoridades; Moro era um dos alvos

Polícia Federal realiza nesta quarta-feira uma operação para prender um grupo criminoso que planejava realizar ataques contra servidores públicos e autoridades. Entre as ações, os suspeitos pretendiam inclusive homicídios e extorsão mediante sequestro. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, informou que entre as possíveis vítimas estava um senador e um promotor de Justiça. O ex-juiz Sérgio Moro seria um dos alvos do grupo criminoso, e o promotor de Justiça de SP, Lincoln Gakiya, o outro. Ao todo, nove pessoas foram presas e duas continuam foragidas.

“Foi investigado e identificado um plano de homicídios contra vários agentes públicos (dentre os quais um senador e um promotor de Justiça). Hoje a Polícia Federal está realizando prisões e buscas contra essa quadrilha. Meus cumprimentos às equipes da PF pelo importante trabalho”, escreveu Dino, no Twitter.

De acordo com a PF, os ataques eram planejados em cinco unidades da federação: Rondônia, Paraná, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul e São Paulo. Ao todo, foram expedidos 24 mandados de busca e apreensão, sete mandados de prisão preventiva e quatro mandados de prisão temporária contra suspeitos e endereços situados em Rondônia, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná.

Foram expedidos sete mandados de prisão preventiva, sendo a maior parte também em Sumaré (3), e outros dois de prisão temporária — um no Guarujá e outro em Presidente Prudente. A PF não divulgou o nome dos alvos da operação batizada de Sequaz e disse que nem todos os mandados expedidos foram cumpridos até o momento.

Moro e promotor alvos

O senador Sérgio Moro (União-PR) agradeceu autoridades policiais e anunciou um pronunciamento na tarde desta quarta-feira no Congresso. Ex-juiz da Lava-Jato e ministro da Justiça do governo Bolsonaro, Moro era um dos alvos.

“Por ora, agradeço a PF, PM/PR, Polícias legislativas do Senado e da Câmara, PM/SP, MPE/SP, e aos seus dirigentes pelo apoio e trabalho realizado”, postou o parlamentar.

Outro alvo dos criminosos, o promotor Lincoln Gakiya integra o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado de São Paulo (Gaeco). Dedicado há 17 anos a combater as ações desse grupo, Gakiya foi o responsável por transferências de chefes como Marcos Camacho, o Marcola, para presídios federais e vive atualmente sob escolta e vigilância após uma série de ameaças que sofreu. O promotor teria tido uma sentença de morte determinada pelo chamado tribunal do crime da facção e passado a receber ameaças.

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