Novo medicamento para puberdade precoce já está disponível no SUS

Uma nova medicação para o tratamento da puberdade precoce central já está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). O remédio, com o nome de Eligard, é injetável e aplicado semestralmente. “Isso significa mais conforto às crianças que precisam fazer o tratamento para puberdade precoce, já que, até o momento, as injeções precisavam ser administradas mensal ou trimestralmente”, explica a endocrinologista Dra. Lorena Lima Amato.

Sinais puberais em meninas abaixo dos oito anos e meninos antes dos nove anos de idade, podem ser evidência de puberdade precoce e a ajuda de um especialista em endocrinologia é imprescindível para que essa criança não tenha problemas no futuro.

Dra. Lorena explica que os exames de sangue, que mostram os hormônios sexuais (estradiol e testosterona), assim como as gonadotrofinas, que os estimulam (LH e FSH), podem sinalizar indicação do bloqueio da puberdade precoce. “Além disso, idade óssea e ultrassonografia de útero e ovários para meninas e de testículos para os meninos são parâmetros importantes para o diagnóstico”, complementa a médica. O tratamento depende da causa. A mais comum é a puberdade precoce central idiopática que acomete, na grande maioria das vezes, meninas.

Atenção aos sinais da puberdade precoce:  

 

– Surgimento do broto mamário em meninas ou aumento do volume testicular em meninos;

 

– Aparecimento de pelos pubianos, axilares e em face;

 

– Alterações comportamentais;

 

– Estirão do crescimento;

 

– Acne antes dois oito anos em meninas e nove anos em meninos.

O que é puberdade precoce? 

Puberdade precoce ocorre quando o processo de transição de criança para adulto acontece antes da hora. Geralmente, características físicas são notadas — sinais puberais em meninas abaixo dos oito anos e meninos antes dos nove anos podem ser evidência de puberdade precoce.

As causas podem vir de diversos fatores, desde associações com doenças e genética até substâncias comuns que por algum motivo estimulam o corpo (como o caso do cipro estrógeno, encontrado em alguns alimentos, como a soja — funcionam como fitoestrógenos e acabam reagindo como hormônios no organismo de algumas crianças).