Nelter Queiroz volta a denunciar crimes e insegurança vivida por jucurutuenses

Em pronunciamento realizado na tarde desta terça-feira (17), durante sessão plenária da Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Norte, o deputado estadual Nelter Queiroz (MDB) chamou atenção do Governo do Estado, através da Secretaria da Segurança Pública e da Defesa Social (Sesed), sobre a insegurança vivida pela população de Jucurutu em relação aos dois assassinatos ocorridos no município entre os meses de julho e setembro.

De acordo com o deputado, em nove de julho deste ano foi assassinado na praça central de Jucurutu o senhor Francisco Atanásio, conhecido por Nino Caboclo. “Sem saber a vítima alugou um imóvel a um traficante [de drogas] e após tomar conhecimento da situação, denunciou o proprietário à polícia. Por conta disso ele [Nino] foi assassinado em cima de sua moto, seu instrumento de trabalho, e até hoje nenhuma medida foi tomada por parte das polícias civil e militar”.

Ainda em sua fala, o parlamentar também lembrou o assassinato ocorrido no último domingo (15), que vitimou o jucurutuense José Filho da Silva. “Ele, que já estava ameaçado [de morte], porque sabia de algumas informações sobre traficantes locais, foi assassinado barbaramente”, lamentou, afirmando que a população de Jucurutu está com medo e a situação do município é delicadíssima.

Nelter Queiroz também tornou público sua frustração em virtude da não elucidação destes crimes. “Fiz apelo à Secretaria de Segurança Pública, ao Comando da Polícia Militar e à Delegacia Geral de Polícia Civil, mas não se fala nada. Será que isso ocorre porque eles [as vítimas] eram pobres e humildes? Porque quando um crime ocorre a pessoas que tem certa condição [financeira] o Estado mobiliza todo seu aparato de segurança e descobre rapidamente”, questionou.

Encerrando seu pronunciamento, Queiroz também questionou sobre o destino da segurança pública do município: “Será que nossa Jucurutu vai ficar assim? Nossa cidade está em pânico, está apavorada pela falta de segurança pública, principalmente pela falta de um delegado da polícia civil e pela falta de investigação [dos crimes]. Chegamos ao ponto de vivermos numa cidade sem lei”, desabalou o parlamentar, que encerrou sua fala prestando homenagens aos familiares de Nino Caboclo e José Filho da Silva, e cobrando ao Governo do Estado a elucidação de ambos os crimes.