Mortes em casa cresceram 53% durante pandemia em quatro capitais: São Paulo, Rio, Fortaleza e Manaus

O número de mortes em casas teve números altos nos últimos três meses nas cidades de São Paulo, Rio, Manaus e Fortaleza, revela um extenso levantamento feito pelo epidemiologista Jesem Orellana, da Fiocruz Amazônia, a pedido da Folha de S. Paulo. Ele verificou que os óbitos por causas naturais em domicílios ou vias públicas entre 15 de março e 13 de junho saltaram de 6.378 no ano passado para 9.773 neste ano nas quatro capitais. Isso corresponde a um crescimento de 53%, ainda maior do que o aumento de todas as mortes por causas naturais no período, de 44%. Os dados são da Central de Informações do Registro Civil (CRC Nacional), coletados pelos cartórios.

Foi possível fazer a comparação só nesses municípios, que representam cerca de um terço do total de óbitos confirmados pelo vírus no Brasil, porque eles são os únicos nessa base de dados com números confiáveis. Eles são compatíveis com a contagem de mortalidade do Ministério da Saúde, que tem informações completas apenas até abril. Manaus registrou 1.290 mortes em casa ou na rua e teve o maior salto, de 120%. Em seguida vêm Fortaleza, com um aumento de 74% (1.814 mortes), Rio de Janeiro, com 48% (3.029 mortes), e São Paulo, com 34% (3.640 mortes).

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