Morte de ganhador da Mega-Sena: relembre outros vencedores do prêmio que tiveram fim trágico

Morador de Cuiabá, Antônio Lopes de Siqueira morreu há menos de um mês de resgatar o prêmio da Mega-Sena
Morador de Cuiabá, Antônio Lopes de Siqueira morreu há menos de um mês de resgatar o prêmio da Mega-Sena — Foto: Reprodução

Menos de um mês após resgatar o prêmio de R$ 201.963.763,26 da Mega-Sena, Antônio Lopes de Siqueira, de 73 anos, morreu enquanto fazia um tratamento dentário em Cuiabá, Mato Grosso. O caso é investigado pela Polícia Civil de São Paulo, e a principal suspeita é que ele tenha sofrido um mal súbito durante a ida ao dentista.

Segundo pessoas próximas à família, Antônio estava começando a decidir como gastar o dinheiro. “Ainda estava vendo o que iria fazer. Não deu tempo de usufruir”, afirmou. Ele não é único vencedor do prêmio a ter um fim trágico. Relembre abaixo outros casos.

Jonas Lucas Alves Dias, de 55 anos, que ganhou R$ 47,1 milhões em 2020 com uma aposta simples de seis números na Mega-Sena foi encontrado morto com sinais de tortura às margens da Rodovia dos Bandeirantes, no interior de São Paulo, em 2022.

A polícia afirma que o crime foi premeditado visando extorquir o milionário, com a investigação encontrando várias tentativas de movimentação de suas contas bancárias. Em uma delas, os suspeitos tentaram sacar R$ 3 milhões, sem sucesso. A vítima desapareceu quando saiu de sua casa em Hortolândia, também no interior paulista, para uma caminhada. Em setembro, três pessoas foram condenadas pelo homicídio.

De origem humilde e com duas pernas amputadas devido a um caso de diabetes, Renné Senna, na época com 54 anos, ganhou sozinho R$ 51,9 milhões em julho de 2005. Em janeiro de 2007, ele foi morto a tiros no Rio de Janeiro e a polícia prendeu a viúva, Adriana Almeida, suspeita de ser mandante do assassinato, e mais cinco pessoas.

Após ela ser absolvida do crime, o Ministério Público pediu anulação da decisão e, em novo julgamento, ela foi condenada a 20 anos de prisão, em dezembro de 2018. Sempre alegando inocência, Adriana teve pedido negado de liberdade pela Justiça do Rio, em janeiro de 2020.

Em 2022, a Justiça determinou que uma filha de Renné recebesse a metade dos R$ 43 milhões do prêmio, após recolhido os impostos, sendo a primeira movimento do dinheiro desde a morte dele. Adriana continua presa.

Famoso por ser o milionário da Mega-Sena no Ceará, Miguel Ferreira de Oliveira, 50, foi morto em fevereiro de 2018, na cidade de Campos Sales. Antes, em 2011, ele havia faturado R$ 39 milhões no jogo. Na época, Miguel, que é paulista, morava em São Paulo.

O milionário foi atingido por três disparos de arma de fogo enquanto participava de uma seresta em um bar. Ele morreu no local e o suspeito, Antônio Pedro dos Santos, de 30 anos, saiu caminhando.

Fábio Leão Barros havia sido premiado com R$ 28 milhões na Mega em julho de 2006. Entretanto, o valor fez com que a vida do jovem se transformasse em uma história de terror. Francisco Serafim Barros, o pai, foi acusado de encomendar a morte de Fábio em 2010.

Após o prêmio, Fábio transferiu o montante para a conta do pai. Em 2008, ele quis que Francisco devolver o valor, mas o pedido foi recusado. O filho, então, entrou com ação na Justiça para ter o dinheiro de volta. Dois anos depois, Francisco foi preso em Cuiabá (MT) por ter supostamente planejado a morte do filho.

Segundo a acusação, Francisco contratou dois pistoleiros para executar o crime, que não aconteceu porque a dupla foi parada por policiais e confessou a intenção. Ele foi indiciado por formação de quadrilha, mas acabou solto no mesmo ano e nega as acusações. Após o caso, os dois entraram em acordo na Justiça.

Em 2022, Fredolino José Pereira, de 71 anos, ganhador da Mega-Sena em Viamão (RS), em 2018, teve mais de R$ 10 milhões levados por golpistas. Duas pessoas são acusadas: o ex-sócio de Fredolino e a namorada.

Eles se tornaram réus por apropriação indébita de bens de pessoa idosa e lavagem de dinheiro. O ex-sócio também responde por estelionato, ameaça e falsificação de documentos públicos.

Fonte: O Globo

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