Médico alerta população sobre meningite e explica a doença

A população pode confundir a meningite com a gripe, mas as sequelas são graves e podem ser fatais. A doença, que é um processo inflamatório das meninges – membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal – pode ser causada por vírus, bactérias, fungos e parasitas. Dependendo do agente causador, ela pode provocar a morte em pouco tempo, como explica o médico infectologista do Hapvida Saúde, Fernando Chagas.

‘‘A doença do tipo bacteriana é motivo de muita preocupação para nós especialistas. Os sintomas incluem febre alta, dor de cabeça e rigidez do pescoço ou da nuca. Também é normal o paciente ter mal estar, náusea, vômito, fotofobia (aumento da sensibilidade à luz) e confusão mental. Conforme o quadro se desenvolve, acrescenta-se à lista convulsão, delírio, tremor e coma’’.

O infectologista do Hapvida Saúde, Fernando Chagas, alerta também para outro tipo da doença. ‘‘É importante destacar a meningite causada por streptococcus pneumoniae (pneumococo). Ela também pode matar de forma rápida e está relacionada a doenças respiratórias que quando não são bem tratadas podem evoluir para uma meningite’’.

De acordo com o especialista, devem ser tomados cuidados com o tratamento de infecções de garganta e de ouvido, por exemplo. Essas infecções mal curadas podem levar a algo mais sério.

‘‘Quando apresentar algum sintoma da doença é importante iniciar o tratamento imediatamente. Depois é que se investiga o tipo da meningite. Lembramos que, em alguns casos, o paciente pode ficar sem enxergar, sem ouvir e até perder membros do corpo dependendo do avanço da enfermidade’’, enfatiza Fernando Chagas.

Uma medida que reduz bastante a transmissão da meningite é a lavagem das mãos e também evitar grandes aglomerados de pessoas. ‘‘Tendo contato com alguém que esteja com alguma doença respiratória é importante sempre lavar as mãos e usar máscaras. Também existem vacinas para algumas formas da doença’’, esclarece o infectologista.

O diagnóstico das meningites é feito por meio de exames de sangue e líquido cerebroespinhal. O médico explica que nas bacterianas o tratamento é feito com antibióticos, associados ou não a corticóidese e a internação sempre é necessária. Já nas virais, geralmente o tratamento é com antivirais e corticoides e nas fúngicas com antifúngicos. ‘‘O mais importante é, caso detectado alguns dos sintomas, procurar um médico imediatamente’’, finaliza o médico do Hapvida Saúde.