O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lamentou nesta quinta-feira a morte de três civis portugueses durante bombardeio na Faixa de Gaza. Pelas redes sociais, Lula reforçou a urgência pela repatriação e afirmou que civis “correm risco de vida”.
“Transmito minhas condolências ao governo e ao povo de Portugal pela trágica notícia da morte de três civis daquele país em bombardeio no sul da Faixa de Gaza. Essas pessoas estavam entre os cerca de três mil estrangeiros que ainda aguardam para deixar Gaza pelo posto fronteiriço de Rafah. Os civis de muitos países correm risco de vida e precisam ter atendido, no mais breve prazo possível, seu direito de repatriação, a exemplo do que ocorreu com os 32 brasileiros e familiares que já se encontram no Brasil”, escreveu Lula.
No começo da semana, Lula recebeu no aeroporto o grupo de 32 brasileiros que foram resgatados na Faixa de Gaza. Lula afirmou que a chegada repatriados era o “coroamento de trabalho muito sério que a gente deve a muita gente”, elogiou os esforços de repatriação do Itamaraty e da Força Aérea Brasileira (FAB), e reforçou o tom crítico a Israel, que vem bombardeando Gaza desde que o grupo terrorista Hamas atacou seu território em 7 de outubro.
— Nunca vi uma violência tão brutal, tão desumana contra inocentes. Se o Hamas cometeu um ato de terrorismo, o Estado de Israel também está cometendo um ato de terrorismo — afirmou.
O governo português confirmou a morte na quarta-feira de três portugueses, uma mulher e duas crianças, durante um bombardeio no sul de Gaza. Dois palestinos, parentes das vítimas portuguesas, também morreram. Os cinco aguardavam para voltar para Portugal.
O presidente português, marcelo Rebelelo de Souza lamentou a morte dos civis e afirmou que espera que seja possível “nos próximos dias” a saída de um grupo pelo Egito.
Na quarta-feira, o Conselho de Segurança da ONU aprovou uma resolução defendendo a libertação imediata de todos os reféns mantidos pelo Hamas e também a implementação de um regime de “pausas humanitárias” na Faixa de Gaza. A proposta, apresentada por Malta, foi a primeira a ser aprovada pelo Conselho desde o início da guerra, no dia 7 de outubro.
Foram 12 votos a favor (China, França, Brasil, Suíça, Japão, Equador, Albânia, Gana, Moçambique, Emirados Árabes Unidos, Malta e Gana) e 3 abstenções (EUA, Reino Unido e Rússia). Nenhum dos cinco países com assento permanente no Conselho de Segurança exerceu seu direito ao veto, como ocorreu em algumas das votações anteriores. Decisões confirmadas pelo órgão precisam ser observadas por todos os países que integram as Nações Unidas.
Fonte: O Globo