Um morador de Naples, na Flórida, compartilhou nas redes sociais que teve sua casa atingida por um pedaço de lixo espacial. A principal suspeita é que o objeto, de quase 1 kg, seja uma bateria que caiu da Estação Espacial Internacional, até atravessar o telhado da casa, além de dois pavimentos da residência. O som do impacto foi registrado por câmeras da residência. Escute abaixo:
Alejandro Otero afirmou que não estava em casa no momento do incidente, mas seu filho estava lá e quase foi atingido. Uma câmera de segurança registrou o barulho do impacto às 14h34 no horário local, poucos minutos após o Comando Espacial dos EUA registrar a reentrada de um fragmento de detrito espacial da estação. Naquele momento, o objeto estava em trajetória sobre o Golfo do México, em direção ao sudoeste da Flórida.
“Aguardo ansiosamente a comunicação das agências responsáveis, pois sua assistência é crucial para resolver os danos deste lançamento deliberado. Mas, mais importante ainda, é como no futuro organizar a carga útil para que ela queime completamente ao reentrar na atmosfera”, disse Otero.
Segundo o cientista Jonathan McDowell, especialista em mecânica orbital, o objeto seria uma parte de baterias da estação, presas a um palete de carga que originalmente deveria retornar à Terra de forma controlada. Apesar disso, uma série de atrasos teriam feito com que a carga perdesse a carona de volta à Terra, fazendo com que a carga fosse descartada em 2021 para uma reentrada descontrolada.
O caso foi relatado por uma rede de televisão norte-americana, e após a repercussão, Josh Finch, porta-voz da agência, afirmou ao Ars Technica que engenheiros do Centro Espacial Kennedy analisarão o objeto “o mais rápido possível para determinar sua origem. “Mais informações estarão disponíveis assim que a análise estiver concluída.”
Segundo a Nasa, a carga completa pesava mais de 2,6 toneladas métricas, com tamanho equivalente a um carro. A expectativa é que, assim como outros equipamentos retornando do espaço, ele queimasse completamente na reentrada na atmosfera da Terra.
Fonte: O Globo