Israel critica primeira resolução do Conselho de Segurança sobre Gaza como ‘desconectada da realidade’

Conselho de Segurança da ONU

Depois da aprovação da primeira resolução do Conselho de Segurança da ONU sobre o conflito em Gaza, o governo de Israel fez duras críticas ao texto, que defende a libertação imediata de todos os reféns em poder do Hamas e a adoção de pausas humanitárias e medidas para a proteção de civis no território palestino.

Em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores diz rejeitar o texto, apresentado por Malta que teve 12 votos a favor e três abstenções. Segundo o comunicado, não há lugar para tais medidas neste momento, uma vez que os refpens ainda estão sendo mantidos em poder do Hamas.

No X , o antigo Twitter, o embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan, afirmou que a resolução é “desconectada da realidade, e que não tem qualquer sentido.

“Não importa o que decidir o Conselho [de Segurança], Israel continuará agindo de acordo com as leis internacionais, enquanto os terroristas do Hamas não podem sequer ler a resolução, quanto mais cumprir o que ela diz. Infelizmente o Conselho continua a ignorar, não condenar ou sequer mencionar o massacre que o Hamas realizou no dia 7 de outubro”, diz o embaixador. “A estratégia do Hamas é deteriorar, de forma deliberada, a situação humanitária em Gaza e aumentar o número de palestinos mortos para motivar a ONU e o Conselho de Segurança para que parem Israel. Isso não va acontecer, Israel continuará a agir até que o Hamas seja destruído e os reféns retornem para casa.”

No plenário, o representante de Israel na votação, Brett Jonathan Miller, foi no mesmo tom.

— Este conselho se reuniu sobre o tema quase dez vezes, e ainda não conseguiu condenar o massacre do dia 7 de outubro pelo Hamas — afirmou. — Apesar das intenções do Conselho, o Hamas não liga para suas resoluções e demandas.

Fonte: O Globo