Um oficial israelense confirmou, neste sábado (2), que havia “detido” um agente libanês de alto nível do Hezbollah” em uma operação realizada por uma unidade de elite naval na cidade de Batrun, ao norte de Beirute, no Líbano.
“Durante uma operação especial na cidade libanesa de Batroun, um agente de alto escalão do Hezbollah foi detido”, disse um oficial militar em comunicado. Segundo Israel, o suspeito “atua como especialista em seu campo”.
O homem detido, cujo nome não foi divulgado, “foi transferido para território israelita” e “é atualmente objeto de uma investigação”, acrescentaram as autoridades israelenses.
A situação no norte da Faixa de Gaza, que enfrenta uma duradoura ofensiva israelense contra o grupo terrorista Hamas, é “apocalíptica”, e toda a população corre “risco iminente de morte”, alertaram na sexta-feira os chefes das principais agências humanitárias da ONU.
“Toda a população palestina do norte de Gaza corre risco iminente de morte devido a doenças, fome e violência”, escrevem os 15 signatários, exigindo que “o Estado de Israel cesse o seu ataque a Gaza e aos trabalhadores humanitários”.
As forças israelenses lançaram uma grande operação no norte de Gaza no mês passado, dizendo que estavam tentando impedir o Hamas de reformar as suas unidades de combate sitiadas por mais de um ano de guerra no território palestino.
“A região está sitiada há quase um mês, privada de ajuda básica e de suprimentos vitais, enquanto os bombardeios e outros ataques continuam”, diz o comunicado do Comitê Permanente Interagências, que reúne agências da ONU e outras ONG humanitárias.
“Só nos últimos dias, centenas de palestinos morreram, a maioria deles mulheres e crianças, e milhares foram novamente deslocados à força”, destaca o documento, cujos signatários incluem os diretores da OMS, Acnur, Unicef, ONU, a agência de coordenação da ajuda humanitária e a ONG Oxfam. “O flagrante desrespeito pelos princípios fundamentais da humanidade e pelas leis da guerra deve cessar.”
No norte de Gaza, “não há disponibilidade de bens de primeira necessidade”. “Os trabalhadores humanitários não podem realizar o seu trabalho em total segurança, e as forças israelenses e a insegurança impedem-nos de chegar às pessoas necessitadas”, acrescentam. Outros apelos, inclusive de autoridades dos EUA, instaram recentemente Israel a permitir a entrada de ajuda humanitária em Gaza.
As agências da ONU apelam à libertação imediata dos reféns detidos pelo Hamas há mais de um ano e dos palestinos “detidos ilegalmente”. A guerra na Faixa de Gaza eclodiu em 7 de outubro, quando radicais islâmicos no sul de Israel mataram 1.206 pessoas, a maioria civis, e sequestraram 251, segundo uma contagem da AFP baseada em dados oficiais israelenses.
Dos 251 capturados, cem permanecem detidos no território palestino, mas 34 foram declarados mortos pelo exército. Em resposta, Israel lançou uma ofensiva que já deixou 43.259 mortos em Gaza, segundo dados do seu Ministério da Saúde, considerados fiáveis pela ONU.
Fonte: O Globo