Inflação na Argentina vai a 143% às vésperas das eleições, no maior patamar em 30 anos

A inflação argentina alcançou o patamar anual recorde de 143% em outubro, o nível mais alto em 30 anos, desde que o país saiu da hiperinflação. Em outubro, a alta mensal de preços foi de 8,3%, puxada pelos setores de comunicação, vesturário e artigos para o lar.
O resultado é o último sobre a variação de preços no país antes do segundo turno das eleições presidenciais no país, que será no próximo domingo. O índice de outubro teve ligeira desaceleração os na comparação com setembro, quando a alta foi de 12,7%.
No ano, a inflação acumula avanço de 120%.
Os argentinos escolherão no próximo domingo, em segundo turno, entre o ministro da Economia, Sergio Massa, e Javier Milei, que propõe fechar o banco central e dolarizar a economia como solução para frear os aumentos de preços de três dígitos.
Independente de quem saia vencedor, a inflação será o desafio mais imediato. Os controles cambiais têm se mostrado inofensíveis, o que pode significar uma importante desvalorização da moeda pelo governo que assumirá no dia 10 de dezembro.
Além disso, a redução de um déficit fiscal crônico implica cortar subsídios que devem fazer os preços dos serviços públicos dispararem. Os economistas estimam uma inflação anualizado próximo de 200% nos próximos 12 meses.
Fonte: O Globo