Hospital de Patos garante Cirurgias bucomaxilofaciais sem nenhum prejuízo aos pacientes 

Ao realizar o levantamento de demandas e necessidades do Complexo Hospitalar Regional Dep. Janduhy Carneiro de Patos (CHRDJC), o Instituto Gerir, que administra a unidade desde maio último, identificou irregularidades nas jornadas de trabalho dos cirurgiões bucomaxilo que ferem regulamentações dos conselhos de classe e dos órgãos de fiscalização. A partir daí, a direção do hospital adotou um modelo de atendimento que ao mesmo tempo em que acaba com as irregularidades, não coloca em risco a vida dos pacientes, atende a demanda da unidade nas cirurgias bucomaxilofaciais e ainda possibilita que os recursos públicos sejam aplicados de forma mais racional como exige a sociedade, a Secretaria de Saúde e os órgãos de fiscalização.

Com o novo modelo de atendimento, proposto nesta modalidade de prestação de serviço, o hospital continuará tendo um cirurgião bucomaxilofacial de plantão, 24h por dia, 7 dias por semana e nas cirurgias eletivas e programadas, de segunda a sexta-feira, foi proposto aos profissionais que além do plantonista, haverá a disponibilidade de outro cirurgião, em plantões presenciais de 12 horas. “Não há justificativa para manutenção de dois cirurgiões bucomaxilofacial à noite e nos finais de semana, nem sentido algum manter jornadas de plantões dos cirurgiões que são feitas na maioria das vezes por 48 h, 72 h e até 96 h de trabalho ininterrupto, pelo mesmo cirurgião, o que fere as regulamentações dos conselhos de classe e dos órgãos de fiscalização e, desta forma, sim, coloca em risco a segurança dos pacientes”, argumenta José Mário Teles, Superintendente Técnico do Instituto Gerir.

A diretora geral do hospital, Liliane Sena, lembra ainda que a produtividade deste tipo de cirurgia por mês é baixa, em média com apenas uma cirurgia por dia, de segunda a sexta, muitas vezes de pequeno porte. “As cirurgias da bucomaxilofacial são normalmente planejadas, sem serem abordadas na fase aguda. Em junho por exemplo, só foram realizadas 7 em todo o mês”, destaca a diretora. Ela lembra que o pagamento para outro cirurgião bucomaxilofacial participar da cirurgia programada é muito mais racional em termos de utilização de recursos, do que o pagamento de dois por plantão. “O que precisa ficar claro é que o serviço não sofrerá interrupção, os pacientes serão atendidos em suas necessidades e sem nenhum prejuízo e o hospital ainda otimizará recursos com essa mudança”, afirma Liliane Sena.

Ainda de acordo com José Mário, a presidente do SINDODONTO/PB, não observou as irregularidades da escala quando soltou para a Imprensa uma nota que se contrapõe ao novo modelo de gestão proposto pela direção do Hospital de Patos, no que diz respeito as cirurgiões bucomaxilo. “Quero deixar claro  que reconhecemos a importância do trabalho da equipe de cirurgiões bucomaxilofacial em relação aos pacientes politraumatizados e que não estamos medindo esforços para encontrar uma solução  para um melhor funcionamento do serviço”, finaliza José Mário Teles.

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