O funcionário de uma fábrica morreu após cair em um silo de soja, na Argentina, na última quinta-feira, e, até esta segunda-feira, o corpo ainda não havia sido resgatado da estrutura que comportava aproximadamente 6 mil toneladas do grão. Desde o incidente, socorristas realizam uma intensa operação para resgatar o corpo do homem, identificado como Horacio Facundo Gutiérrez, de 36 anos.
O episódio fatal ocorreu por volta das 18h, em uma das fábricas da empresa Ramón Rosa y Cía., na rota 1001 e Crucero General Belgrano.
Gutiérrez, natural da cidade de Río Tala, caiu na soja e foi sugado. Três companheiros que estavam com ele tentaram evitar que isso acontecesse, mas não conseguiram. Os trabalhadores tiveram de ser transferidos em duas ambulâncias para a guarda do hospital local com “distúrbios respiratórios”, indicaram os meios de comunicação locais.
A partir desse momento, diversas equipes de Bombeiros Voluntários atuam no local, com o auxílio do pessoal da usina e da Prefeitura de San Pedro. Neste domingo, profissionais de cidades como Lima, Baradero, Capitán Sarmiento e Exaltación de la Cruz ainda aderiram à busca.
— O trabalho é constante, nunca para. A questão é que a quantidade de soja é imensa. Isso não é interrompido nem de dia nem de noite — disse o diretor da Defesa Civil, Fabio Giovanettoni, ao jornal local La Opinión Semanario: — Tem parentes da vítima que estão aqui [na usina], entre eles a esposa e os pais. Eles são alimentados, são cuidados.
Estão sendo realizadas obras no local com duas máquinas “sugadoras” de cereais, que extraem o produto do silo. Além disso, há pessoas dentro do contêiner que usam pás para ajudar na retirada da soja.
O trabalho dos socorristas é de 24 horas com rodízio de pessoal e eles esperam que haja novidades ao longo deste dia. O principal objetivo para acessar o corpo de Gutiérrez é baixar o nível de soja dentro do silo, quase ao nível 0 .
O caso está sendo investigado como investigação das causas da morte pela Procuradoria de Investigação nº 7 e as investigações são realizadas pela Polícia Científica.
Fonte: O Globo