Governo de SP vai investigar vazamento de tema da redação do Provão Paulista

Estudantes da rede estadual de São Paulo realizam teste do Provão Paulista
Estudantes da rede estadual de São Paulo realizam teste do Provão Paulista — Foto: Divulgação/Governo de São Paulo

A Secretaria da Educação de São Paulo informou nesta quinta-feira que irá instaurar uma comissão para investigar o possível vazamento do tema da redação do Provão Paulista, exame criado para servir como um vestibular exclusivo para alunos da rede pública de ensino e que dá acesso a instituições como a Universidade de São Paulo (USP), a Universidade Estadual Paulista (Unesp) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

A redação foi aplicada nesta quinta-feira a 400 mil estudantes da 3ª série do Ensino Médio, mas já na quarta-feira o tema “Combate à fome: o dever do Estado e da sociedade” havia sido divulgado nas redes sociais. Segundo o portal “g1”, uma aluna relatou em publicação no TikTok que a prova foi aplicada por engano com um dia de antecedência em sua escola.

De acordo com o governo paulista, a origem do vazamento pode ter sido três escolas localizadas na Zona Leste de São Paulo, em Campinas e São Carlos. “Diante disso, a Secretaria irá instituir uma comissão, com publicação em Diário Oficial na semana que vem, para apurar o ocorrido no primeiro dia de realização do Provão Paulista”, informou a Secretaria de Educação, em nota.

A aplicação do Provão Paulista é responsabilidade da Fundação Vunesp e terá ainda exames aplicados aos alunos do 1° e do 2° ano do Ensino Médio nesta sexta-feira e na próxima segunda. Para os alunos que já estão no 3° ano, são oferecidas 15.369 vagas no ensino superior na USP, Unesp, Unicamp, Faculdades de Tecnologia do Estado de São Paulo (Fatecs) e Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp).

O vazamento do tema da redação do Provão Paulista se soma a uma série de polêmicas que rodearam ao longo do ano a gestão de Renato Feder à frente da pasta da Educação no governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos). Em agosto, Feder recuou após sofrer críticas por ter anunciado que a rede estadual passaria a usar material 100% digital nas salas de aula e abandonaria o Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD), passando a comprar livros digitais sem licitação.

Feder também foi questionado por ser acionista de uma empresa que detém ações da Multilaser, que possui contratos em vigência com a pasta comandada pelo secretário.

Já neste mês, o governo paulista voltou a ser alvo de contestações após definir cortar pela metade a carga horária de disciplinas de Artes, Filosofia e Sociologia para o novo currículo escolar e mais que dobrar o espaço para o ensino de Língua Portuguesa e Matemática.

Fonte: O Globo

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