Gelo na garrafinha, sombra na árvore, bermuda e chinelo: as estratégias dos candidatos do Enem para aliviar o calor

Ingryd Camille dos Santos, de 19 anos, foi de bermuda e chinelo fazer o segundo dia de prova do Enem
Ingryd Camille dos Santos, de 19 anos, foi de bermuda e chinelo fazer o segundo dia de prova do Enem — Foto: Mariana Rosário

Neste segundo dia do Enem, os candidatos que realizam a prova em cidades afetadas pela onda de calor começaram a chegar aos locais de aplicação por volta as 11 horas — mais próximo ao horário de abertura dos portões. Em São Paulo, eles foram preparados: gelo na garrafinha, bermuda e chinelo são as estratégias dos estudantes para aliviar o calorão.

— Foi difícil dormir essa noite. Coloquei ventilador e mesmo assim acordava o tempo todo. Não gosto de verão — diz Ingryd Camille dos Santos, de 19 anos, que quer estudar artes cênicas. — Estou de bermuda e chinelo, mas normalmente não estaria assim, é que está muito calor.

Também na porta da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Camila Pacheco, de 18 anos, que quer estudar direito ostenta uma garrafinha de água congelada na bolsa.

— Ah, é pra dar uma refrescada, né? Ainda bem que esse local de prova tem ar condicionado. Quando está muito quente fica até difícil se concentrar — afirma a jovem, tensa com o exame. — Sou mais de humanas — confessa.

Em Fortaleza, na Universidade Estadual do Ceará (UECE), no bairro Itaperi, os alunos têm chegado com pouco mais de uma hora de antecedência para a abertura dos portões e se abrigam do forte sol sob a copa das árvores e tendas, montadas na entrada dos prédios por instituições de ensino.

A atendente de consultório odontológico Andressa Batista Lima, de 22 anos, se concentrava para a prova em um dos lugares mais concorridos nesta manhã: o banco da praça, na sombra de um cajueiro. Ela conta que costuma chegar cedo ao local de prova e que, embora o calor atrapalhe, prefere o sol à chuva.

— Quando entrar, vamos pro ar-condicionado. Já melhora e ajuda muito. Imagina entrar toda molhada e passar frio? É pior — diz. Andressa vem fazendo a prova do Enem desde 2016. Ela persegue o sonho de cursar Odontologia, área com a qual criou afinidade em razão do trabalho.

Já Iago Soares, 29, também treineiro, chegou à UECE 10h30min e disse não se incomodar com o calor.

— Vim de táxi. Chego cedo, procuro um bom lugar pra me concentrar e esperar — conta Iago, que pretende estudar em Sociologia.

Fonte: O Globo

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