Ex-ministra de Honduras é presa por fraude durante a pandemia de Covid-19

Profissionais de saúde da Força-Tarefa Latina administram testes de Covid-19 em São Francisco, Califórnia
Profissionais de saúde da Força-Tarefa Latina administram testes de Covid-19 em São Francisco, Califórnia — Foto: David Odisho/Bloomberg

Uma ex-ministra das Finanças de Honduras foi presa nesta quarta-feira acusada de fraude pela compra superfaturada de sete hospitais para atendimento de emergências durante a pandemia de Covid-19. Rocío Tábora foi enviada para a prisão feminina de Támara, cerca de 20 km ao norte da capital, enquanto avança o processo contra ela, segundo fontes judiciais. A pedido do Ministério Público, o tribunal ordenou há dois dias a captura de Tábora e da ex-ministra da Saúde Alba Flores, que está foragida.

Um tribunal que trata do crime organizado e da corrupção no país ordenou a “prisão judicial da ex-secretária das Finanças Rocío Tábora, que está ligada à compra fraudulenta de 7 hospitais”, informou a conta do Poder Judiciário do país na rede social X (antigo Twitter).

A Polícia Militar de Ordem Pública informou em comunicado que Tábora foi detida terça-feira na alfândega de Guasaule, quando ia cruzar para a Nicarágua, por “mandado de prisão em vigor pelos crimes de fraude” e “violação dos deveres de funcionários”. Em maio de 2021, o ex-diretor executivo e o ex-administrador do gabinete de compras governamentais, Marco Bográn e Alex Moraes, respectivamente, foram presos pelos mesmos crimes.

Os ex-funcionários compraram em dinheiro três hospitais com 91 leitos cada e outros quatro com 51 leitos. As transações foram feitas em 19 de março e 2 de abril de 2020, por mais de US$ 47 milhões na Turquia. Tábora e Flores foram ministras no governo anterior de Juan Orlando Hernández e, segundo o Ministério Público, fizeram essas compras a preços supervalorizados.

Além disso, as compras foram feitas sem garantias de qualidade ou compromissos de manutenção e não funcionaram devido ao seu mau estado, segundo o Ministério Público.

Fonte: O Globo

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