“Evito até respirar perto da minha filha”, relata médico que atua em UTIs de Natal

“Quando tive o primeiro contato com os pacientes com Covid-19, a sensação era de impotência, pela falta de protocolos bem estabelecidos que norteassem uma conduta terapêutica efetiva”, diz ao jornal Agora RN, o médico Firmino Barreto, de 35 anos. Ele é natural de Lapão (BA), reside em Natal há 18 anos. Há quatro anos ele se formou, atua em salas vermelhas de Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). A intubação dos pacientes Covid-19 exige muitos cuidados, por conta do risco de contaminação.

Os profissionais obrigatoriamente que tem estar utilizando todos os equipamentos de proteção individual (EPIs) – gorro, óculos, protetor facial, máscara cirúrgica, máscara Nº 95, capote, propés e luvas. Fora isso, os respiradores também precisam de dispositivos como filtros e circuitos fechados para não colocar a equipe em risco. O médico diz que, com o avanço da doença, novos estudos  foram e vão surgindo, tendo condutas aprimoradas com o tempo. “Isso trouxe ânimo e hoje em dia, está melhor de manejar do que no início, porque estamos obtendo sucesso e conquistando altas em pacientes muito graves e com várias comorbidades. É claro que ainda falta muito, mas estamos trabalhando com o que temos. A medicina se faz com a associação das práticas médicas e dos estudos científicos”, explica.