‘Eu não tenho rabo preso’ x ‘ele nunca administrou nada’: Engler e Fuad falam sobre os seus planos para BH

Bruno Engler e Fuad Noman em entrevista à CBN
Bruno Engler e Fuad Noman em entrevista à CBN — Foto: Raquel Romagna/Divulgação/CBN

Em entrevista à rádio CBN, os dois candidatos que disputam o segundo turno em Belo Horizonte falaram de apoios políticos, da participação de Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na campanha e justificaram por que cada um se considera a melhor opção para a cidade. Bruno Engler (PL) recebeu 435.853 votos, o que corresponde a 34,38% dos votos válidos no primeiro turno das eleições. Já o prefeito Fuad Noman (PSD) conquistou a preferência 336.442 eleitores, ou 26,54% do total.

Quanto às alianças para o segundo turno, Engler diz que recebeu os parabéns do governador Romeu Zema (NOVO) e que o apoio dele será muito bem-vindo, mas que ainda “não bateram o martelo”. Zema era um dos fiadores da candidatura de Mauro Tramonte (Republicanos), que ficou em terceiro lugar. O político do PL acredita que pode conseguir, agora, de quem votou em Tramonte, Gabriel Azevedo (MDB) e Carlos Viana (Podemos), que fizeram críticas à atual gestão municipal. Ainda não houve apoio formal de nenhum deles

Engler garantiu que Bolsonaro estará na campanha e frisou que a presença do ex-presidente foi importantíssima no primeiro turno. O candidato do PL afirma ainda que terá liberdade para escolher a equipe da prefeitura, e que isso o difere do prefeito e candidato à reeleição Fuad Noman.

— Eu não tenho rabo preso com ninguém. Tenho total autonomia para fazer indicações técnicas. Hoje a prefeitura é toda loteada. Ela é usada para pagar favores políticos. Foram cinco secretários de Educação em dois anos para pagar fatura política. A gente vai fazer uma gestão completamente diferente e romper com esse sistema político podre que está há décadas afundando a nossa cidade — disparou Engler.

O candidato à reeleição foi criticado por praticamente todos os candidatos no primeiro turno, mas já recebeu o apoio do PT e do PSOL. Fuad Noman diz que entende que os candidatos o atacaram porque ele é o prefeito e o único nome que tinha o que mostrar. Passado o primeiro turno, afirma que não há mágoas e que é de se esperar a busca pelo voto responsável para evitar que um representante da extrema direita assuma a prefeitura.

Sobre a presença de Lula em sua campanha, já que houve apoio formal do PT para este segundo turno, Fuad diz que gostaria que o presidente continuasse enviando recursos para fazer as obras na cidade e que não quer polarização. Para esta nova etapa da disputa, o candidato do PSD alega querer o apoio de quem quiser se juntar a ele. Fuad se define como um candidato de centro e progressista e sustenta que sua habilidade em conversar com outros espectros políticos e sua experiência fazem dele o melhor candidato.

— Eu converso com todo mundo. Eu não vou governar só para uma categoria. Eu não brigo com ninguém. Eu sou da paz. Eu tenho experiência, são 55 anos de serviço público. O meu concorrente é um rapaz mais jovem, e não há problema em ser jovem, mas não tem experiência. Ele nunca administrou nada. Gerir uma cidade com Belo Horizonte precisa de experiência, de conhecimento, e isso eu tenho para mostrar — argumentou o prefeito.

Fonte: O Globo

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