Entidades pedem ao MEC medidas para impedir EaD na licenciatura

Fachada do Ministério da Educação (MEC), na Esplanada dos Ministérios
Fachada do Ministério da Educação (MEC), na Esplanada dos Ministérios

Um grupo de congressistas, representantes de associações de secretarias de Educação e o Todos pela Educação enviaram uma carta ao MEC (Ministério da Educação) pedindo mudanças estruturais na formação inicial de professores no Brasil. O documento foi enviado ao ministério na 3ª feira (7.nov.2023). Leia a íntegra da carta (PDF – 50 kB).

Para os signatários, a interferência do órgão é necessária, pois “a formação inicial de professores é determinante para a melhoria da qualidade da educação básica brasileira e afeta diretamente as redes públicas e particulares de ensino”.

Os responsáveis pela carta sugerem a instauração de um GT (Grupo de Trabalho) para tratar de melhorias na qualidade dos cursos de licenciaturas e pedagogia.

Como princípio orientador, pedem a divulgação do Sumário Executivo das Propostas do GT de Formação Inicial de Professores (íntegra – PDF – 968 kB), elaborado pela Abmes (Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior). O trabalho conta com recomendações sobre a questão.

Dentre as principais preocupações relacionadas à temática, o grupo cita o aumento do número de formandos em cursos de educação à distância (EaD). Segundo a carta, de 2010 a 2022, houve aumento de 30 pontos percentuais na formação de professores nessa modalidade. O fenômeno é mais intenso do que em outros cursos de ensino superior, cuja incidência total do EaD é de 31%.

Segundo as associações de congressistas e secretários de educação, uma formação sólida inicial exige articulação teórica e prática, o que só pode ser assegurado de forma presencial.

A baixa qualidade dos cursos de formação inicial de professores e as altas taxas de evasão nas carreiras de pedagogia e licenciatura, especialmente em exatas, também preocupa o grupo.

No Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes) 2021, os cursos avaliados ficaram com média nacional abaixo de 50, numa escala de 0 a 100. Além disso, a desistência chega a 70%.

Em março de 2023, o MEC anunciou medidas para enfrentar o desempenho abaixo do esperado nos cursos de licenciatura, como a criação de um GT para propor políticas de melhoria e a ampliação do Pibid (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência).

Eis os signatários da carta enviada ao MEC:

Fonte: Poder360

© 2024 Blog do Marcos Dantas. Todos os direitos reservados.
Proibida a reprodução total ou parcial do conteúdo deste site sem prévia autorização.