Enchentes no RS: estado já confirmou 19 casos de leptospirose após chuvas

Vale do Taquari foi uma das regiões mais afetadas pelas chuvas no RS
Vale do Taquari foi uma das regiões mais afetadas pelas chuvas no RS — Foto: Gustavo Ghisleni/AFP

O governo do Rio Grande do Sul confirmou, nesta segunda-feira, a primeira morte por leptospirose após o início das chuvas que atingem o estado desde o fim de abril. Eldo Gross, de 67 anos, era da cidade de Travesseiro, no Vale do Taquari. Segundo a Secretaria da Saúde, o estado já registrou 19 casos confirmados de leptospirose nas últimas semanas.

A causa da morte do idoso foi confirmada por avaliação do Laboratório Central do Estado (Lacen). Somente na cidade de Travesseiro, são três casos de leptospirose já constatados — um pai e duas filhas, moradores da Linha Cairu. O estado de saúde dos três é estável. O homem está internado no Hospital Marques de Souza e as filhas são acompanhadas pela atenção primária.

Os 19 casos confirmados e a morte de Eldo Gross, no entanto, não são os primeiros deste ano. Conforme explica o Governo do Rio Grande do Sul, a leptospirose é considerada uma doência endêmica, ou seja, tem circulação sistemática no ambiente. Assim, as chuvas e alagamentos aumentaram a chance de infecção.

Antes dos temporais, o estado já havia registrado, somente em 2024, 129 casos e seis mortes por leptospirose. Em 2023, foram 477 casos e 25 mortes.

Em Travesseiro, para atuar na contenção dos casos na cidade, que tem pouco mais de 2 mil habitantes, a prefeitura de Travesseiro pediu à Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul auxílio com medicação profilática para tratamento de leptospirose.

O pedido, feito na semana passada, ainda não foi atendido, em parte pela dificuldade de chegada na cidade — as principais vias de acesso foram tomadas pela cheia do Rio Forqueta.

Os principais sintomas da leptospirose são: febre, dor de cabeça, fraqueza, dores no corpo (principalmente na panturrilha), e calafrios. A Secretaria da Saúde reforça ser imprescindível buscar ajuda médica assim que os sintomas surgirem. Eles aparecem, em geral, de cinco a 14 dias após a contaminação.

Devido às enchentes, os casos suspeitos de pessoas que tenham tido contato com alagamentos devem ser tratados com medicação imediata. A partir do sétimo dia do início dos sintomas, as unidades de saúde devem coletar amostras para serem examinadas no Lacen. A automedicação não é recomendada.

Fonte: O Globo

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